Botelho afirma que catástrofes como a do RS são imprevisíveis: ‘rezar a Deus e pedir que não aconteça mais’

Da Redação – Airton Marques / Do Local – Max Aguiar – olhardireto

Foto: Angelo Varela-ALMT

Após pedido de autorização para o envio de R$ 50 milhões do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) para o Rio Grande do Sul, o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), afirmou que tragédias climáticas como as que assolaram o estado gaúcho não podem ser previstas.

A declaração foi feita durante conversa com a imprensa, na manhã desta quarta-feira (08), momentos antes da sessão que deve votar a mensagem do governo do estado pedindo autorização para o envio do dinheiro para a Defesa Civil do RS. Ele foi questionado sobre como preparar cidades mato-grossenses para eventos climáticos extremos, como as ondas de calor e enchentes.

“Situações como essa, todos os analistas dizem que é imprevisível, então pode ocorrer em qualquer lugar, nunca vamos estar preparados para uma tragédia como essa. É rezar a Deus e pedir que não aconteça mais”, afirmou.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou para 100 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o estado. O boletim divulgado na manhã de hoje ainda aponta que há outros 4 óbitos sendo investigados. O estado registra 128 desaparecidos e 372 feridos.

Climatologistas em todo o país, no entanto, apontam que tragédias estão acontecendo mais cedo do que se previa. Em 2007, o quarto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) da ONU previu que esses fenômenos se tornariam recorrentes por volta de 2030 ou 2040.

A antecipação se deve ao aumento rápido da temperatura média do planeta: em 2023, o recorde de aquecimento foi batido, com 1,5° C a mais que no período pré-industrial. Em 2024, o calor acima da média continua.

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