Viúva De Delegado E Mais Três Policiais Civis Perdem O Cargo

A Justiça de Mato Grosso sentenciou a investigadora da Polícia Civil Glaucia Cristina Moura Alt, viúva do delegado João Bosco de Barros, e outros três policiais civis em uma ação penal resultante da Operação Abadom.

Eles foram condenados a penas que variam de cinco anos e oito meses a até nove anos de prisão, além da perda do cargo. A decisão foi assinada pelo juiz Moacir Rogério Tortato, da 3ª Vara Criminal de Várzea Grande, e foi publicada nesta semana. A Operação Abadom foi realizada em junho de 2013, quando o delegado e a investigadora foram presos por proteger uma quadrilha de tráfico de drogas liderada por Marco Antonio da Silva, também conhecido como “Nenem”, e receber benefícios financeiros por isso. Os outros policiais foram indiciados durante as investigações.

Os investigadores Claudio Roberto da Costa, Leonel Constantino de Arruda e George Fontoura Filgueiras também foram condenados. O delegado João Bosco foi excluído da ação após seu falecimento, em maio deste ano. Glaucia foi sentenciada a cinco anos e oito meses de prisão, em regime semiaberto, por associação ao tráfico, corrupção passiva e concurso material. Já Claudio Roberto, Leonel Constantino e George Fontoura foram condenados a nove anos, em regime fechado, por extorsão mediante sequestro.

O juiz determinou a perda do cargo público dos quatro investigadores, citando a incompatibilidade ética e de conduta com a função pública. De acordo com o Portal Transparência, Glaucia atua na 2ª Delegacia de Polícia de Cuiabá. Claudio Roberto e George Fontoura trabalham na Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), e Leonel Constantino atua na Gerência de Logística e Manutenção.

O salário deles varia de R$ 20 a R$ 25 mil. A Operação Abadom desmantelou uma quadrilha acusada de comprar drogas na região da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia para vendê-las a outros traficantes na Grande Cuiabá. As investigações começaram com a prisão em flagrante de uma pessoa, na Rodoviária de Várzea Grande, com entorpecentes.

Na época, a delegada Alana Cardoso, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Capital (DRE), afirmou que os policiais não eram alvos das investigações, e que a descoberta da participação deles foi um “incidente”. Segundo Alana Cardoso, durante as investigações contra a quadrilha, foi descoberto que os policiais liberaram os suspeitos e drogas apreendidas em duas ocasiões.

“Eles se tornaram parte do grupo, uma vez que asseguraram proteção e, também, dificultaram a investigação por parte da Delegacia de Repressão a Entorpecentes. Eles acabaram recebendo vantagem indevida”, declarou a delegada.

Informações: Mídianews

Foto: Divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *