Trabalho do Governo Federal no combate aos incêndios florestais é tema do “Me Conta, Brasil”

Foto: SECOM

OBrasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 75 anos, com 58% do território nacional sofrendo com a seca, e o Governo Federal está com a maior operação da história para combater os incêndios florestais. Para detalhar o trabalho federal com a retomada das políticas ambientais e a reconstrução da estrutura de enfrentamento ao fogo, o videocast “Me Conta, Brasil”, lançou um episódio exclusivo dedicado ao tema.

Disponível nas redes sociais e no canal da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) no YouTube a partir desta quinta-feira, 3 de outubro, o episódio 28 conta com a participação de Jair Schmitt, diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e Rodrigo Stabeli, coordenador da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS).

 

“Esse dinheiro é extremamente importante, seja para o Ibama, para o Instituto Chico Mendes, para que eles possam adquirir equipamentos, empregar aeronaves e também pagar brigadistas, salários e outros equipamentos envolvidos nessas atividades, tanto na fase de prevenção e agora no combate a esses incêndios”

Jair Schmitt
Diretor de Proteção Ambiental do Ibama
RECURSOS — O Governo Federal entrou em campo com 3.518 profissionais nas operações para combater as queimadas. Em recursos, foram liberados R$ 514 milhões para ações emergenciais de combate aos efeitos dos incêndios e da grave estiagem. “Esse dinheiro é extremamente importante, seja para o Ibama, para o Instituto Chico Mendes, para que eles possam adquirir equipamentos, empregar aeronaves e também pagar brigadistas, salários e outros equipamentos envolvidos nessas atividades, tanto na fase de prevenção e agora no combate a esses incêndios”, detalha Schmitt.

INCÊNDIOS CRIMINOSOS — O diretor de Proteção Animal do Ibama ressalta que grande parte dos incêndios que têm acontecido no país é de origem criminosa. “A origem desse fogo se dá por algum ato humano, seja porque a pessoa colocou fogo ou deixou de adotar alguma medida protetiva. O Código Florestal proíbe o uso do fogo”, afirma.

Atualmente, todo e qualquer uso de fogo no país está proibido, incluindo o uso controlado para manejo e limpeza de áreas, devido à grave situação de estiagem. “A maior parte dos estados, além da proibição já estabelecida pelo próprio Código Florestal, reforçou que não vai autorizar as queimas controladas, justamente dadas as condições climáticas que são muito favoráveis a perder o controle sobre o fogo”, destaca.

MULHERES NA LINHA DE FRENTE – Na contramão dos incêndios criminosos está a atuação dos mais de 3,5 mil brigadistas pelo país, que já ajudaram a controlar quase 80% do fogo. Direto da cidade de Apuí, no Amazonas, Andrea e Camila são duas brigadistas que atuam no combate aos incêndios da região. “Não é fácil, no primeiro ano é algo tudo novo. Mas, no segundo ano, você começa a adquirir um gosto, um amor pelo trabalho, que você só pensa assim: ‘Bora combater’”, afirma Andrea.

A companheira Camila também expressa a sua força de vontade e capacidade de atuar na luta contra o fogo. “Vamos pra cima, que a gente também pode, a gente tem capacidade. Então vamos, mulherada, pra cima”.

Schmitt reconhece: “É um trabalho de amor, dedicação e de alto risco. Essas pessoas estão ali combatendo os incêndios, expostas às partículas tóxicas da queima. É uma profissão de muito risco e que nós devemos valorizar e reconhecer o trabalho desses brigadistas”.

MULTAS — Como parte das medidas contra as queimadas, o Governo Federal aumentou a multa para quem provocar incêndios florestais. O diretor do Ibama destaca que essas punições estavam desatualizadas desde 2008 e que, agora, as multas podem chegar a R$ 10 mil por hectare.

“São medidas importantes que precisam ser adotadas numa situação dessa que nós vivemos com uma altíssima taxa de criminalidade. Além de as pessoas serem punidas criminalmente, a Polícia Judiciária e Ministério Público apuram e processam as pessoas, os órgãos ambientais, o Ibama, podem estabelecer medidas punitivas para as pessoas. É a multa, o embargo da área, eventualmente a apreensão de equipamentos envolvidos nestes incêndios”, explica.

“A gente acaba fazendo uma estratégia para levar, além da saúde, a dignidade humana, levar alimento, levar água potável. O que estamos percebendo é que nós estamos, obviamente, numa emergência climática que tem desencadeado em alguns municípios e algumas regiões do país já um evento de crise humanitária, porque essas pessoas estão ali isoladas”

Rodrigo Stabeli
Coordenador da Força Nacional do SUS
FORÇA NACIONAL DO SUS — Na soma de esforços está a atuação da Força Nacional do SUS, que já foi enviada para os estados da Região Norte mais afetados pela estiagem. O coordenador Rodrigo Stabeli ressalta a importância de estar presente nessas localidades que, muitas vezes, estão sem acesso a itens básicos. “A Força Nacional do SUS é uma força de intervenção quando acontece um nível de desassistência, ou no município, ou no estado, ou numa população. A gente acaba levando saúde onde a saúde está interrompida, levamos também profissionais para prevenir que esta saúde seja interrompida”, explica.

A equipe já prestou assistência aos estados do Amazonas, Acre e Rondônia. Rodrigo conta que existem comunidades indígenas que estão isoladas devido à seca dos rios e que a prioridade é levar alimentos e água potável para essa população. “A gente acaba fazendo uma estratégia para levar, além da saúde, a dignidade humana, levar alimento, levar água potável. O que estamos percebendo é que nós estamos, obviamente, numa emergência climática que tem desencadeado em alguns municípios e algumas regiões do país já um evento de crise humanitária, porque essas pessoas estão ali isoladas”, afirma Stabeli.

Na assistência aos municípios que decretaram estado de emergência em saúde pública, o coordenador esclarece que essas cidades podem solicitar o auxílio da Força Nacional do SUS. Um dos exemplos de apoio são os kits de emergência com diversos insumos. “O Ministério da Saúde tem o kit de emergência. São 3 toneladas de equipamentos que fazem com que 600 famílias consigam viver com todos os medicamentos do Farmácia Popular, com todos os medicamentos que são colocados nos postos de saúde, por três meses”, descreve.

SAÚDE DA POPULAÇÃO – O Ministério da Saúde já disponibilizou orientações para os profissionais da saúde e toda a população se protegerem contra os efeitos das fumaças. Para o coordenador da Força Nacional do SUS, a comunicação com a população é tão importante quanto a própria saúde. Como proteção individual, ele explica que o uso da máscara é importante para prevenir que as partículas sejam inaladas. Segundo Stabeli, inalar a fumaça é como fumar 24h por dia, e os riscos podem ser permanentes.

O coordenador destaca que beber água é uma das principais orientações. “A gente tem que beber água, porque é muito importante neste momento, e a gente chama atenção para os idosos e as crianças”, diz Stabeli, que também faz um alerta para os grupos de risco, principalmente pessoas que já possuem problemas respiratórios.

“Se você está tendo confusão mental, se sentindo muito cansado, está aumentando toda a sua frequência respiratória, percebendo que você está ofegante, que seu coração está disparado, é importante que você procure auxílio médico para poder ver o que está acontecendo”, orienta.

TECNOLOGIAS — No episódio desta quinta do “Me Conta, Brasil”, também foi destacado o uso das tecnologias que auxiliam no combate às queimadas. A equipe do brigadista Francisco Douglas, de Rondônia, utiliza um drone para fazer o mapeamento das áreas afetadas.

“O drone está sendo uma ferramenta de grande importância para o pessoal dos combates a incêndios. Praticamente são os olhos do brigadista. É o que facilita mais de 70% dos trabalhos da brigada. Às vezes a gente vê uma fumaça, levanta o drone, faz o monitoramento, vê o melhor acesso, se esse fogo está isolado, se tem um combustível mais pesado, se a gente tem condição de chegar para fazer um combate direto”, afirma Francisco.

O diretor Jair Schmitt ressalta que o Ibama utiliza de diversos recursos tecnológicos e espera que essa estrutura seja ampliada cada vez mais. Além de veículos, aeronaves, helicópteros e aviões, são mais de 150 equipamentos de combate, como os drones, e mais de 200 pilotos. “A tecnologia é decisiva e esperamos ampliar ainda mais essa estrutura, esses meios operacionais, para que a gente tenha melhores condições de enfrentamento da crise climática e ambiental que tem aumentado os eventos de incêndio no país”, diz.

O QUE É – O “Me Conta, Brasil” é um videocast para dialogar com a população e divulgar informações sobre os programas do Executivo que fazem a diferença na vida das pessoas. A ideia é que o videocast seja um espaço de bate-papo para explicar como as pessoas podem garantir os seus direitos e se beneficiar de ações federais. A cada apresentação, dois ou mais porta-vozes participam do diálogo.

Fonte: Trabalho do Governo Federal no combate aos incêndios florestais é tema do “Me Conta, Brasil” — Secretaria de Comunicação Social (www.gov.br)

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