Foto: Leticia Avalos/ MidiaJur
Com informação: gazetadigital
O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE), conselheiro Sérgio Ricardo, argumentou que o governo estadual deve cancelar o contrato com o consórcio encarregado da implementação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT). O governador Mauro Mendes (União) tem criticado o atraso na entrega do projeto, que estava prevista para outubro do ano passado. Nesta quinta-feira (30), Sérgio Ricardo e Mendes realizaram uma visita técnica ao canteiro de obras na Avenida do CPA. “Temos uma opinião consolidada, acreditamos que as empresas responsáveis pela obra não têm condições de finalizá-la. Acredito que o ideal seria o governo rescindir o contrato com essas três empresas, firmar um contrato emergencial e contratar outra empresa que possa iniciar e concluir o trabalho”, afirmou.
O atraso na execução do projeto tem gerado consequências negativas, incluindo problemas no trânsito e riscos à segurança dos pedestres. O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo de Oliveira, declarou ao Jornal A Gazeta que ainda não há uma data definida para a finalização das obras, embora a expectativa do governo seja de concluí-las até 2026. Nos últimos dias, o governo e o consórcio trocaram acusações sobre as razões da demora. O governador indicou que medidas mais severas seriam implementadas caso não houvesse progresso nas obras. O consórcio, por sua vez, alegou que houve falhas no projeto original e que o Estado teria ordenado a continuidade das obras sem as devidas modificações. Sérgio Ricardo destacou que o projeto é “simples” de ser executado e já deveria estar concluído. “Essa obra é simples, está causando incômodos e já deveria estar pronta. É apenas colocar concreto sobre uma rua que já estava preparada. Os dois trechos onde passa o BRT são de concreto sobre uma rua que já tinha toda a terraplanagem feita”, concluiu.