CAMILA RIBEIRO
Da Redação
O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), afirmou ser favorável à descentralização do poder na Mesa Diretora, atendendo a um antigo pedido dos deputados estaduais por mais espaço nas decisões da Casa de Leis. Porém, Max colocou como condição uma contrapartida dos colegas, que receberiam mais “obrigações”, se envolvendo nas demandas e não só recebendo o acréscimo do “status”. Na AL, é quase unânime a projeção de Max Russi a sucessor do presidente Eduardo Botelho (União Brasil). Com a aproximação da votação, agendada para 7 agosto, os deputados começam a pressioná-lo, apresentando pedidos para confirmarem o seu nome na urna.
“Quero tomar todas as decisões em conjunto com a Mesa Diretora, fazendo essa participação e dando obrigações ao deputados. Não é só você dar espaço, mas tem que dar obrigações de assinar, de se comprometer, de ter responsabildade, delegar funções”, disse Max Russi nesta quarta-feira (10).
A provocação dos deputados que não compõem a mesa é a um suposto grupo que se perpetua no poder. Max Russi, por exemplo, está como primeiro-secretário a dois mandatos. Ele chegou a assumir a presidência no período que Botelho ficou fora do cargo enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) discutia a validade da sua reeleição, mas depois retornou as funções na secretaria.
A vice-presidente Janaina Riva (MDB) também é outra figura que reveza de cadeiras com os demais titulares. Atualmente, inclusive, ela trava uma disputa pelo cargo ocupado por Russi com Beto Dois a Um (União Brasil).
Max Russi frisou que a Mesa, embora seja um lugar de destaque, influenciando nas decisões da AL, imputa um encargo que exige total dedicação. O primeiro-secretário também opinou que essa descentralização do poder não deve diminuir a estrutura concedida ao presidente e demais titulares, que têm direito a nomeações e outros benefícios para corresponder ao volume de trabalho.
“Eu sempore defendi isso, acho que é bastante tranquilo. Agora, o que não pode é o presidente e o primeiro-secretário que assinam todos os documentos da Casa e administram o orçamento da Assembleia Legislativa não terem uma condição, uma estrutura, para dar conta dessa responsabilidade. Fora isso, acho bastante democrático a participação dos 24 deputados”, finalizou Russi.
