Um rapper russo se matou por não querer lutar pelo país na guerra contra a Ucrânia. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem convocado reservistas para servir contra o país vizinho.
De acordo com o Daily Mail, Ivan Vitalievich Petunin, conhecido como Walkie, tinha 27 anos e deixou uma mensagem gravada em vídeo no Telegram.
“Se você está assistindo a este vídeo, então eu não estou mais vivo. Eu não posso levar o pecado do assassinato em minha alma. E eu não quero. Não estou pronto para matar por quaisquer ideais. Eu escolho permanecer na história para sempre como um homem que não apoiava o que estava acontecendo. Não estou pronto para pegar em armas e matar minha própria espécie”, dizia no suposto vídeo.
O tablóide afirma que o corpo de Walkie foi encontrado próximo a um arranha-céu na cidade de Krasnodar, no sul da Rússia, na última sexta-feira (30/9). Além do vídeo de despedida, ele também teria deixado uma carta para a esposa, na qual ele cita o arranha-céu em que moraram no verão.
Rumores de que o presidente possa convocar cerca de 1 milhão de homens para a guerra correm entre os moradores da Rússia. Muitos deles deixaram o país e fugiram para locais próximos, como a Geórgia, o Cazaquistão e a Finlândia.
Busque ajuda
O Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.
Depressão, esquizofrenia e o uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.