Foto: Secom-MT
Com informação: midianews
Famílias de diversas etnias indígenas em Mato Grosso estão sendo beneficiadas pela transferência de renda do Programa SER Família Indígena, administrado pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc). Atualmente, 5.311 famílias recebem esse benefício, que conta com a colaboração das gestões municipais, totalizando um investimento de R$ 8,6 milhões do Governo do Estado. O Programa SER Família Indígena, idealizado pela primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, tem como objetivo valorizar os povos indígenas mato-grossenses, assegurando dignidade por meio da transferência de renda de R$ 220 a cada dois meses, iniciada em maio de 2023. Esse recurso permite a aquisição de alimentos típicos da cultura indígena, que não são incluídos nas cestas entregues pelo Governo do Estado através do Programa SER Família Solidário.
Desde o começo de 2024, a Setasc, em parceria com os municípios, tem realizado ações nas aldeias indígenas visando expandir o Programa SER Família Indígena. A secretária de Assistência Social e Cidadania do Estado, Grasi Bugalho, ressalta que o programa é uma iniciativa essencial para o bem-estar das comunidades indígenas em Mato Grosso. “Além de ser uma ação governamental inovadora que busca garantir a segurança alimentar e o suporte financeiro às famílias indígenas do estado, o programa demonstra o compromisso da gestão estadual com a preservação e o fortalecimento dessas comunidades. Esta iniciativa não apenas oferece cestas de alimentos essenciais, mas também implementa um sistema de transferência de renda por meio do cartão SER Família Indígena, assegurando um suporte abrangente às famílias”, destaca.
O SER Família Indígena representa um marco importante nas políticas de assistência social em Mato Grosso, reconhecendo a relevância cultural e social das comunidades indígenas e trabalhando ativamente para melhorar suas condições de vida. Essa iniciativa não só aborda questões imediatas de segurança alimentar, mas também estabelece uma base para o desenvolvimento sustentável e a preservação das tradições indígenas no estado.
Uma das beneficiadas pelo programa é Suzana Gonçalves da Silva, da etnia Guató, conhecida como “o povo do Pantanal”. Ela expressa sua gratidão pelo trabalho da primeira-dama Virginia Mendes e do Governo do Estado em prol dos indígenas em Mato Grosso. “Sou grata pela ajuda que a primeira-dama tem proporcionado a todos nós. Esse cartão auxilia na compra de alimentos para minha família e, juntamente com as cestas básicas recebidas, alivia as despesas. Fiquei muito feliz em ser contemplada com o cartão do SER Família Indígena. É uma ajuda que chegou em boa hora”, afirma.
Além da transferência de renda por meio dos cartões, o SER Família Indígena também tem promovido, em conjunto com o SER Família Solidário, a entrega de cestas de alimentos, kits de higiene e limpeza, roupas, cobertores e filtros de água. A Setasc ainda realiza nas aldeias os Mutirões da Cidadania, oferecendo diversos serviços sociais, como a emissão de segundas vias de certidões, fotos 3×4, plastificação de documentos e cópias.
O cacique Bartolomeu Patira Poriompa, da Aldeia Sangradouro, da etnia Xavante, localizada no município de General Carneiro, observa que a gestão de Mauro Mendes tem aproximado o Governo das aldeias e lideranças, realizando um trabalho exemplar para as comunidades indígenas. “Tanto os cartões quanto as cestas são importantes, pois complementam a alimentação, especialmente para aqueles que precisam. Os filtros são muito úteis, pois precisamos de água potável e aqui na aldeia não temos o suficiente. Portanto, é bom receber esses filtros para melhorarmos nossa qualidade de vida e de água”, acrescenta.
O cacique César Xavante, da Aldeia Rio Piranhão, no município de Campinápolis, também enfatiza a importância do auxílio do estado através do Programa SER Família Indígena. “Nossa cultura é diferente da cultura dos não-indígenas, mas às vezes faltam alimentos na comunidade. Por isso, essa ajuda do Governo com o SER Família é muito valiosa, pois quando falta algo, podemos ir à cidade para comprar”, conclui.