Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram, durante uma assembleia-geral realizada na tarde desta sexta-feira (17.05), pela greve geral dos docentes. Conforme o regimento, assim que a reitoria for informada sobre a decisão, a greve se inicia em 72 horas úteis, sendo assim, na quarta-feira (22).

A assembleia contou com a participação de docentes de todos os campi da UFMT, que debateram sobre a necessidade ou não da greve. A decisão final foi tomada por meio de votação, na qual a maioria dos professores decidiu por paralisar as atividades.

Durante a votação, 216 docentes foram a favor da greve, sendo 158 em Cuiabá, 33 em Sinop e 25 em Barra do Garças. Dos 90 votos contrários foram 26 na Capital, 27 em Sinop e 37 em Barra do Garças.

Conforme dito pela professora e dirigente da Associação dos Docentes da UFMT (ADUFMAT), Adriana Pinhorati, a diferença da decisão obtida nesta sexta-feira (17) em relação a que havia sido decidida no dia 04 de abril, na qual os professores não aderiram à greve, é que os docentes decidiram se unir para compreender a situação financeira em que muitos se encontram e em relação às dificuldades de infraestrutura da universidade.

“Nós reunimos informações que motivasse os professores a entender seus próprios problemas. Os problemas financeiros em que estamos envolvidos e também no problema de infraestrutura da universidade. Não dá mais para ficar tampando o buraco”, declarou Pinhorati.

A defasagem salarial foi o principal argumento dos defensores da greve, que ainda buscam formas de pressionar o Governo Federal para a recomposição salarial e por recursos a fim de melhorar as instituições.

“Nesse momento é greve sim e que bom que unificada, interior e Cuiabá. As duas subsedes juntas nessa construção por uma universidade una e que venha o recurso. A gente não pode continuar com essas baixas condições de trabalho e de renda. Somos trabalhadores!”, finalizou a docente.