População condena “guerra” pelo comando da Saúde de Cuiabá; 69% não sentiram avanços com a intervenção, diz Percent

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A intervenção do Governo do Estado na saúde pública de Cuiabá, conforme pesquisa quantitativa da Percent, encomendada com exclusividade pelo portal O Documento e TV Cuiabá, feita com 1.200 entrevistados nas quatro regiões da cidade, mostra que 69,6% dos entrevistados não sentiram, até agora, resolutividade dos “antigos e atuais” problemas da falta de atendimento e assistência médica na rede pública da Capital.

O levantamento aponta que outros 30,4% entendem, sim, que a intervenção na saúde pública em Cuiabá está resolvendo os problemas de atendimento e assistência médica. Na justificativa da resposta afirmativa, 38,8% cita que melhorou o atendimento médico na rede, 21,0% disse que o sistema está melhor gerido com a intervenção, 12,6% aponta que tem medicamentos nos postos de saúde, 11,3% diz que tem médicos, 6,5% observa que a fila de cirurgias está andando, 0,3% que tem mais hospitais, 5,2% não sabem e outros 3,9% não responderam.

Sobre o resultado negativo, dos quase 70% que responderam o questionamento, 56,3% dos entrevistados apontam que a saúde pública está do mesmo jeito, 15,7% aponta que faltam médicos, 6,5% entende que o atendimento continua ruim, 4,9% vê falta de remédios, 3,4% aponta falta de tudo, 1,6% cita falta de recursos, 0,7% acusa falta de funcionários capacitados, 0,4% destacou a demora para realizar exames, 0,4% que a fila de cirurgia continua longa e estagnada, 0,4% que os postos estão fechados, outros 5,4% não sabem e 1,0% preferiram não responder.

Para Ronye Steffan, diretor da Percent, o resultado negativo de que quase 70% dos cuiabanos entrevistados disseram que a intervenção não está resolvendo o problema da saúde, se deve à precariedade do sistema. “Isso é reflexo do próprio serviço nas unidades de saúde”, disse. Conforme Steffan, “a saúde é um problema crônico não só de Cuiabá como de todo o Estado e do Brasil. Não é fácil de ser resolvido e a população ainda não viu avanços nesses quase quatro meses de intervenção”.

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