Foto: Rodolpho Sartin (Flickr)
Com informação: vgnoticias
Na foto, a espécie nativa Aldama grandiflora encontrada por pesquisadores em Rosário Oeste. Girassol, camomila, margarida e crisântemo. Além da beleza, o que todas essas flores têm em comum? Todas elas pertencem à família Asteraceae, uma das mais importantes para a cultura, botânica e meio ambiente nativo. Um estudo recente do Departamento de Botânica e Ecologia do Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso (IB/UFMT) apresentou um checklist de espécies nativas e exóticas da Asteraceae. Com mais de 1.600 gêneros e 24.700 espécies em todo o mundo, as Asteraceae apresentam uma ampla variedade de formas e funções ecológicas. Na Baixada Cuiabana, o estudo identificou a presença de 186 espécies, distribuídas em 107 gêneros, sendo 140 nativas e 46 não nativas. Alguns municípios se destacam pela riqueza de espécies, como Chapada dos Guimarães, Cuiabá e Nobres. As tribos Vernonieae e Eupatorieae representam juntas 75% das espécies nativas identificadas. A pesquisa também revelou um histórico interessante de coletas na região, que remonta ao século XIX. A importância cultural e etnobotânica das Asteraceae é evidente, com seu uso em práticas medicinais, ornamentais e religiosas. A conservação da biodiversidade da Baixada Cuiabana é crucial, com a necessidade de expedições em áreas menos exploradas para descobrir novas espécies. O estudo aponta para a descoberta de 60 novos registros para a flora de Mato Grosso, reforçando a importância de ampliar os esforços de pesquisa.