Nova Gestão da UFMT prioriza estratégias para erradicar evasão e ampliar financiamento

Gislaine Morais/VGN

A reitora eleita da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para o biênio 2024/2028, Marluce Souza e Silva, destacou em entrevista ao  No Ar, conduzida pelo jornalista Geraldo Araújo, nesta quarta-feira (10.04) que o combate à evasão estudantil é uma das prioridades da nova administração, tanto em cursos de graduação quanto de pós-graduação.

Marluce ressaltou a desistência significativa nos cursos de licenciatura, atribuindo ao perfil da comunidade mato-grossense, composta por trabalhadores e seus filhos. Enfatizou a necessidade de as universidades garantirem não apenas o ingresso, mas também a permanência desses estudantes. “Portanto, as universidades precisam estar preparadas para garantir não apenas o ingresso, mas também a permanência desses estudantes, tanto em sala de aula quanto nas atividades acadêmicas”, frisou.

A reitora apontou que a manutenção do estudante na universidade demanda investimentos substanciais em assistência, extensão, bolsas, alimentação e transporte. Destacou também que, sem esses recursos, o trabalhador-estudante enfrenta dificuldades para conciliar seus estudos com as responsabilidades financeiras pessoais e familiares.

Marluce observou que o orçamento atual não cobre integralmente as demandas, especialmente as relacionadas à assistência estudantil e alimentação. Ela mencionou o caso do restaurante universitário, que carece de recursos próprios, sublinhando a necessidade de apresentar essas demandas ao Governo Federal.

A reitora defende a importância dos recursos para a permanência dos alunos, considerando os longos períodos que muitos permanecem na universidade. Além disso, expressa preocupação com a segurança dos estudantes nos campi.

Marluce informou sobre a expansão dos atendimentos, destacando a presença da UFMT em locais como Sinop, a região do Araguaia e Várzea Grande, além do Hospital Universitário Júlio Müller e a Fazenda Experimental em Santo Antônio Leverger, enfatizando a demanda por pessoal qualificado.

A reitora reafirmou o compromisso em buscar emendas parlamentares e parcerias para melhorar o orçamento e obter reconhecimento para a instituição. “Vamos buscar emendas parlamentares, estabelecer parcerias, para que tudo isso que traga benefício orçamentário, apoio logístico, reconhecimento para nós e isso é muito importante”, prometeu Silva.

Sobre a greve dos técnicos administrativos, iniciada em 14 de março, Marluce reconhece o direito de greve como um instrumento legítimo de reivindicação, especialmente diante das defasagens salariais enfrentadas pela categoria, ressaltando que os técnicos administrativos estão entre os mais mal remunerados no Executivo nacional.

“Nós, docentes, enfrentamos significativas perdas salariais. No entanto, os técnicos administrativos das universidades brasileiras estão entre os mais mal remunerados no âmbito do Executivo nacional. Portanto, não podemos concordar ou aceitar a ideia de que nossos técnicos sejam os menos valorizados financeiramente nesta esfera. Dessa forma, a greve é legítima, assim como são legítimas as demandas que eles têm apresentado”, finalizou a reitora Marluce.

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