Com informações: Minuto MT e GD
Imagem: Reprodução
Segundo dados oficiais, mais de 500 mil hectares já foram devastados pelo fogo somente no Pantanal mato-grossense. Publicados Por COTIDIANO o mês de agosto foi o pior até agora, com 2,023 milhões de hectares reduzidos a cinzas. Mato Grosso enfrenta um dos piores anos de queimadas da sua história e tem mais de 3,4 milhões de hectares destruídos pelo fogo em oito meses. No acumulado do ano, o mês de agosto foi o pior até agora, com 2,023 milhões de hectares reduzidos a cinzas.
Os dados são do Instituto Centro Vida (ICV) – agremiação com acesso a informações de órgãos federais – e apontam ainda que, no Estado, os municípios que mais queimaram se concentram na região do Pantanal matogrossense, como Cáceres e Barão de Melgaço. Mais de 500 mil hectares já foram devastados pelo fogo somente no Pantanal mato-grossense. Sozinhos, a princesinha do Pantanal e Barão de Melgaço tiveram 312 mil hectares devastados neste ano.
Mais preocupante, segundo especialistas, é que as queimadas afetam gravemente a biodiversidade do local. Em todo o bioma, já foram 2,3 milhões de hectares queimados. Neste ano, especialistas apontam que no Pantanal a seca severa é um dos principais motivos que potencializa os incêndios, fazendo com que até mesmo as pequenas queimadas, feitas em propriedades particulares, possam se espalhar facilmente e causar grandes incêndios no bioma.
Segundo o levantamento do ICV, a maior destruição causada pelo fogo neste ano no estado ocorreu em imóveis rurais cadastrados (1,6 milhão hectares) e Terras Indígenas (1,029 milhão hectares). No Pantanal, as chuvas registradas nos primeiros meses do ano foram insuficientes para transbordar os rios e conectar lagoas e o Rio Paraguai, o principal do bioma, atingindo níveis baixos para esta época.
INCÊNDIO DE GRANDES PROPORÇÕES ATINGE ALDEIA INDÍGENA EM MT
Há alguns dias as queimadas vem assolando a região e colocando em risco as aldeias e a extensa faixa de floresta Amazônica do local. Publicados 5 dias atrás em 31 de agosto de 2024 Por Ação de combate ao fogo foi prejudicada porque Funai precisa conceder a autorização para entrada dos militares na Terra Indígena. Um incêndio de grandes proporções atingiu a Terra Indígena Apiaka Kaiabi Munduruku , na manhã deste sábado (31) em Juara (655 km de Cuiabá). Indígenas que residem na aldeia registraram o momento em que o fogo chega próximo às residências do local.
Nas imagens, é possível ver uma grande quantidade de fumaça e as labaredas atingindo uma altura de aproximadamente quatro metros. Além disso, também é possível ver o desespero dos habitantes da área, que deixam o local para fugir do perigo das chamas. Ainda não se sabe como o incêndio começou.
Porém,segundo informações do Corpo de Bombeiros, há alguns dias as queimadas vem assolando a região e colocando em risco as aldeias e a extensa faixa de floresta Amazônica do local. Mais de 885 indígenas vivem na região, que comporta seis aldeias, distribuídas por 109 mil hectares.
O fogo na área é combatido por uma pequena brigada, composta por 10 moradores da própria terra indígena, que contam com poucos e precários instrumentos para os trabalhos. Equipes dos Bombeiros ainda não puderam entrar na aldeia para combater as chamas, porque a intervenção dos militares ou brigadistas de outros órgãos governamentais na área indígena só é permitida com autorização da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso informou ainda que segue monitorando a situação do incêndio na área através de satélites, que permitem um monitoramento preciso da situação com a detecção dos focos de calor e a captação de dados necessária, para adotar a estratégia ideal para combaterem o fogo assim que a Funai conceder a autorização para entrada na Terra Indígena.
O Governo de Mato Grosso decretou, na sexta-feira (30), estado de emergência devido aos inúmeros focos de queimadas e a seca severa no estado.
