“Autoestima, elegância e empoderamento são palavras que definem a transformação que um turbante é capaz de fazer. Ele vai além da versatilidade e diversas opções de estampas e amarrações, com cores fortes e estampas florais, o turbante é a história na cabeça”. A definição é da secretária-adjunta da Mulher, Elis Regina Prates, durante a oficina de turbantes realizada na sexta-feira (17). A iniciativa integra a programação especialmente elaborada para celebrar o dia da Mulher (8 de março).
Durante a oficina, mulheres simpatizantes ao turbante aprenderam mais em relação à peça, que vai além de um acessório de moda e tendência de visual.
Para a participante Julia Café, a oficina é de extrema importância pois valoriza a história, cultura e estética africana e afro-brasileira. Ela, que já é adepta ao turbante, afirma que o uso do adorno é uma maneira de empoderar as mulheres negras e apresentar outras belezas que não as que a moda impõe como ideal.
“Uma das formas de mostrar nossa cultura é por meio do turbante, para que as pessoas possam conhecer e entender qual o significado e importância deste elemento na vida da mulher negra. Com essa oficina nós conseguimos fazer com que a mulher negra reflita sobre o seu posicionamento na sociedade, sua construção, e seu protagonismo negro na sociedade”, destaca.
Para Neuza Brito, foi excelente participar da ação. Ela conta que já que tinha curiosidade em aprender a fazer as amarrações.
“Foi bom ter vindo. Cheguei aqui por causa da beleza do turbante e hoje sei que por trás desse deslumbre tem todo o contexto de uma história de afirmação, de luta”, disse.
Foto: Vicente Aquino