Médicos ameaçam suspender atendimentos em presídios de MT

Médicos e enfermeiros que atendem o Sistema Penitenciário de Mato Grosso se mobilizam para suspender os serviços nas unidades por falta de pagamento de salário por parte do Instituto Brasil de Harmonia Social (IBHAS), empresa privada que gerencia os profissionais no Estado.

No comunicado que circula nas redes sociais e grupos do WhatsApp, os trabalhadores da área da saúde apontam que a empresa contratada pelo Poder Executivo recebe regularmente do Estado. Contudo, o instituto não estaria realizando o pagamento pontual de alguns servidores, que estariam há 5 meses sem receber a remnueração.

Na mensagem, médicos e enfermeiros pedem que os colegas que não assumam os plantões enquanto a situação no for regularidada.

“O corpo clínico médico desistiu da escala devido aos constantes atrasos salariais com mais de três meses sendo que a empresa recebe pontualmente do Governo do MT mas não repassa os valores ao corpo Médico e de enfermagem(Existem colegas sem receber a mais de 05 meses)”, cita o texto.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado e Segurança (SESP) reiterou que os repasses para empresa são realizados de forma regular e informou que a IBHAS foi notificada sobre as implicações legais por não cumprimento do contrato.

O  também tentou contato com o Instituto, porém não obteve sucesso.

Leia o comunicado dos médicos:

Solicitação aos colegas Médicos de MT e região.

Venho pedir o apoio de todos os colegas médicos, para não estarem assumindo plantões no Sistema Prisional do Estado do MT junto ao Empresa – Instituto Brasil de Harmonia Social – IBHAS

Serviços de atendimento aos privados de liberdade estão paralisados. O corpo clínico médico desistiu da escala devido aos constantes atrasos salariais com mais de três meses sendo que a empresa recebe pontualmente do Governo do MT mas não repassa os valores ao corpo Médico e de enfermagem(Existem colegas sem receber a mais de 05 meses).

Esse é um momento de união da classe, todos já passamos por essas situações um tanto constrangedores.

Pedimos a compreensão e apoio a todos os colegas!

Juntos somos mais forte que qualquer inimigo.

Leia o posicionamento da SESP

A Secretaria de Segurança Pública, por meio da Secretaria-Adjunta do Sistema Penitenciário, informa que não tem conhecimento de manifesto para possível paralisação dos profissionais médicos e enfermeiros que atendem os reenducandos nas unidades prisionais. Destaca-se que o Governo mantém em dia o pagamento da empresa contratada para prestação desses serviços. Portanto, assegurar a presença dos profissionais em seus postos de trabalho e prestar serviços de qualidade são responsabilidades da contratada. A Sesp notificou e alertou a empresa sobre as implicações legais por não cumprimento do contrato.

 

Allan Mesquita

Gazeta Digital

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