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Com informação: mtplay
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) afirmou à imprensa que a proposta de uma chapa composta apenas por mulheres na Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá ainda causa desconforto entre os homens da Casa. Apesar das discussões para a formação de uma chapa feminina, as articulações ainda não tiveram peso para um alinhamento mais concreto, pois, de acordo com Maysa, até o momento os apoiadores não se reuniram para tomar uma decisão final. “O projeto demonstra o desconforto dos homens em relação a essa pauta porque tivemos chapas 100% masculinas diversas vezes e isso nunca foi manchete de jornal. Ainda não teve reunião de todas as mulheres e dos homens que apoiam juntos”, disse Maysa. Para ela, a falta de alinhamento pode resultar na perda de alguns apoiadores da chapa feminina nos próximos dias. “Eu acredito que essa chapa precisa da reunião que eu tanto venho pedindo. O dia que a gente sentar todos os apoiadores juntos e ali definirmos se será 100% mulher ou se será três mulheres e dois homens, enfim, como será”.
Nas eleições municipais deste ano, oito mulheres conseguiram se eleger e reeleger para a próxima legislatura da Câmara de Cuiabá, cujo número é considerado “histórico” para o parlamento cuiabano. “Eu sou a favor de que as mulheres sejam protagonistas sim, porque o recado das urnas foi esse. Pela primeira vez temos oito vereadoras eleitas. Então, chegou a hora dos homens mostrarem apoio às mulheres”, defendeu.
O deputado federal e prefeito eleito Abilio Brunini sugeriu o nome de Paula Calil (PL) à presidência da Câmara em uma chapa 100% feminina. No entanto, além dela, Maysa e outras parlamentares também colocam seus nomes à disposição para concorrer ao cargo. “A vereadora Paula colocou o nome, eu também, a vereadora Michelly, a Baixinha Geraldeli. Então, isso precisa ser deliberado em mesa. Somos todos iguais aqui e cada uma corresponde a um cargo e a gente tem que debater. Eu não sou contra a Paula, sou contra a uma definição prévia de um nome antes de debater”, finalizou Maysa.
PODERES
NOVA VOTAÇÃO PARA MESA DIRETORA DA ALMT PODE SER NECESSÁRIA, MAS COMPOSIÇÃO DEVE SER MANTIDA
Representação da PGR, que pede a suspensão do resultado da eleição antecipada, está sob análise do STF
A possibilidade de uma nova eleição para definir a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) está em discussão após a Procuradoria Geral da República (PGR) questionar o resultado da votação antecipada, realizada há dois meses. O deputado estadual Max Russi (PSB), presidente da atual chapa eleita por unanimidade, acredita que a composição dos cargos deverá ser mantida mesmo que haja novo pleito. Max Russi explicou que há um consenso entre os parlamentares para manter a configuração da Mesa Diretora, composta por Júlio Campos (União Brasil) como vice-presidente e Dr. João (MDB) na primeira-secretaria. “Particularmente, eu acredito que haverá nova eleição e a tendência, pelo menos escutando os parlamentares, é de manutenção do que já foi votado. Nós votamos há dois meses atrás, não existe motivo nenhum para nenhuma alteração”.
A representação da PGR, que pede a suspensão do resultado da eleição antecipada, está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF). A Assembleia foi notificada e apresentou uma petição solicitando que a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) seja indeferida. De acordo com Max Russi, ainda não há data definida para o julgamento. “Agora, isso está no Supremo, não foi dado a eliminar. Deverá ter esse julgamento aí nos próximos meses, digamos assim. É difícil você precisar de uma data porque é o Supremo que vai marcar essa data. A Assembleia já foi notificada, já respondeu o que ela entende por direito, e vamos esperar que seja marcado esse julgamento”. Max Russi disse, ainda, desconhecer a informação de que o atual presidente, o deputado Eduardo Botelho (União Brasil) teria interesse em fazer parte da Mesa Diretora.