Max Russi defende que Estado compre Santa Casa e repasse à Prefeitura de Cuiabá

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Marcos Vergueiro/Secom-MT

Com informação: vgnoticias

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), apresentou uma proposta para destinar o prédio do Hospital Estadual Santa Casa à Prefeitura de Cuiabá, após aquisição pelo Governo do Estado. A iniciativa, já discutida com o governador Mauro Mendes (União), visa resolver dois problemas simultaneamente: quitar dívidas trabalhistas com servidores da unidade e preservar o importante equipamento de saúde da capital.

Em entrevista coletiva na quarta-feira (30), Russi detalhou que a primeira etapa do plano consiste na compra do imóvel pelo Executivo estadual. “Com essa aquisição, será possível pagar os trabalhadores que têm créditos pendentes. Posteriormente, o prédio seria cedido à gestão municipal, que já manifestou interesse em administrá-lo”, explicou o parlamentar. O presidente da ALMT revelou ainda que o governo avalia uma segunda alternativa, ainda não divulgada oficialmente.

A proposta busca conciliar interesses financeiros, históricos e sanitários. Russi enfatizou o duplo valor da Santa Casa: “Além de seu inegável papel na saúde pública mato-grossense, salvando incontáveis vidas ao longo dos anos, o prédio carrega uma significância histórica e afetiva para a população”. Como sugestão para o futuro do espaço, o deputado propôs a transformação em um Hospital Materno-Infantil, que atenderia especificamente mães e crianças da região metropolitana. “Defendo que se torne referência na pediatria, mas mantendo a possibilidade de outros serviços essenciais”, complementou.

O contexto da discussão remonta à decisão estadual de desativar a Santa Casa após a inauguração do novo Hospital Central, atualmente em fase final de obras. Desde 2019, quando foi incorporado à rede estadual para evitar seu fechamento, o hospital enfrenta desafios financeiros que agora motivam a busca por um novo modelo de gestão.

Enquanto aguarda o posicionamento definitivo do governo, Russi mantém o diálogo com todas as partes envolvidas, defendendo que a solução deve priorizar três eixos: justiça trabalhista, continuidade dos serviços de saúde e preservação do patrimônio histórico. “Não podemos simplesmente fechar as portas de uma instituição com tamanha relevância para Cuiabá. É nosso dever encontrar um caminho que beneficie trabalhadores, gestores e, principalmente, a população que depende desses serviços”, concluiu o presidente da ALMT.

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