O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conduziu pessoalmente uma reunião na tarde desta terça-feira (6), em Brasília, para tratar das medidas relacionadas à fraude que impactou milhares de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que sofreram descontos indevidos por parte de entidades associativas nos últimos seis anos.

O encontro, que teve início por volta das 15h no Palácio da Alvorada, durou mais de três horas e contou com a presença dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Wolney Queiroz (Previdência), Esther Dweck (Gestão), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Vinicius de Carvalho (Controladoria-Geral da União), além do presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, do advogado-geral da União adjunto, Junior Divino Fideles, e do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. A expectativa é que o governo forneça novas informações sobre a situação nos próximos dias, incluindo detalhes de um plano para compensar as vítimas da fraude.

Durante a reunião, foram discutidos procedimentos para aprimorar os sistemas do INSS e identificar a magnitude dos recursos desviados dos beneficiários, além de um mapeamento do número de pessoas prejudicadas. Mais cedo, a CGU anunciou a investigação de possíveis irregularidades administrativas cometidas por 12 organizações civis suspeitas de se apropriar ilegalmente de parte das aposentadorias e pensões dos beneficiários do INSS.

A avocação (um instrumento jurídico que permite a transferência de atribuições de um órgão para outro) dos processos administrativos de responsabilização instaurados pelo INSS nesta segunda-feira (5) foi comunicada ao novo presidente do instituto, Gilberto Waller Júnior, por meio de um ofício assinado pelo Secretário de Integridade Privada da CGU, Marcelo Pontes Vianna.

Informações: Agência Brasil