Foto: Leiagora
Com informação: Leiagora
Embora reconheça a qualidade do Hospital Albert Einstein e apoie sua atuação como parceiro técnico na saúde pública de Mato Grosso, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) manifestou oposição à entrega da gestão do novo Hospital Central à entidade filantrópica. O parlamentar ressaltou que sua proposta era que a administração do hospital ficasse a cargo da Secretaria de Estado de Saúde (SES), com a convocação dos aprovados no último concurso da pasta, mas essa ideia foi rejeitada pela maioria da Assembleia Legislativa. “De maneira alguma questionei a experiência do Hospital Albert Einstein. A expertise dessa instituição deve ser integrada à saúde pública estadual – e isso já ocorre desde 2022, com um contrato de consultoria firmado pelo Estado, que já consumiu mais de R$ 5 milhões.
Essa consultoria já está elaborando o modelo de funcionamento do hospital, definindo o perfil das equipes, os fluxos e os protocolos”, explicou Lúdio. De acordo com o parlamentar, sua discordância com o governador Mauro Mendes (União) reside na forma de gerenciar a operação. Ele argumentou que a excelência do Albert Einstein poderia continuar a ser incorporada através de uma consultoria permanente, capacitando servidores efetivos da SES que atuariam por longos períodos no Hospital Central. “Isso fortaleceria todo o sistema público de saúde de Mato Grosso, com servidores qualificados e valorizados”, afirmou. Contudo, o Governo de Mato Grosso decidiu entregar a operação do hospital à própria Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBHAE), decisão que foi aprovada pela maioria dos deputados estaduais na quarta-feira (17). Apenas os deputados petistas Lúdio Cabral e Valdir Barranco votaram contra o modelo de gestão.
Segundo o modelo aprovado, os servidores que atuarão na unidade serão contratados pela empresa. Entre as emendas apresentadas por Lúdio e aceitas no texto final do Substitutivo Integral ao Projeto de Lei Complementar 10/2025, está a que assegura que os equipamentos adquiridos com recursos públicos se tornem patrimônio do Estado, mesmo com a administração sendo realizada pelo Albert Einstein. A proposta aprovada autoriza o Executivo a firmar um contrato de gestão com a SBIBHAE para a operação do Hospital Central, que está previsto para iniciar os atendimentos em setembro deste ano. O projeto prevê um custo mensal de quase R$ 35 milhões, sendo cerca de R$ 24 milhões com recursos próprios e R$ 10 milhões provenientes do SUS. A unidade contará com 278 leitos, sendo 96 deles de UTI ou semi-intensiva, dez salas cirúrgicas, heliporto, robôs cirúrgicos e também funcionará como um centro de formação médica, com programas de residência. Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real. Siga-nos no Twitter e fique por dentro das notícias em primeira mão.