A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido de revogação da prisão preventiva de vários réus da ação penal decorrente da Operação Jumbo, deflagrada pela Polícia Federal em maio deste ano. De acordo com a decisão da magistrada, dois suspeitos encontram-se foragidos e a soltura dos integrantes da organização criminosa pode fazer com que eles voltem a praticar crimes.
A organização era liderada por Tiago Gomes de Souza, o Baleia. Ele é um dos réus que pediu a revogação da prisão preventiva. No caso dele, a magistrada apontou que o suspeito responde a outras ações penais, e segundo ela, teria uma inclinação ao cometimento de crimes.
Outra que fez pedido semelhante foi Mirian de Luna Cavalcanti. A juíza negou, alegando que a ré não se apresentou em juízo e alegou não morar no Brasil. Seu mandado de prisão continua em aberto.
“A prisão preventiva ainda se mostra imprescindível diante da gravidade dos crimes e do risco concreto de reiteração criminosa, considerando o histórico de que, em tese, os investigados são pessoas voltadas à prática de crimes, sendo crível estabelecer que se permanecerem soltos e com livre acesso ao patrimônio tido com ode origem ilícita, poderão agir contra a investigação, pois, além de possuírem vinculação direta com vários integrantes de Facção Criminosa, poderão empreender fuga do distrito da culpa, já que possuem situação financeira extremamente abundante”, apontou a magistrada.
A decisão aponta ainda que dois dos integrantes da organização criminosa continuam foragidos. A Operação Jumbo foi deflagrada em maio, pela Polícia Federal, e investiga uma grande organização criminosa voltada ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que movimentou quase R$ 350 milhões, num período de 4 anos, utilizando-se de postos de combustível em Cuiabá para ‘lavar’ os ganhos da atividade ilícita.
Na ocasião da deflagração, a magistrada determinou o sequestro de bens dos envolvidos na organização criminosa. Entre os bens, estavam lotes em condomínios de luxo, além de carros importados, Também foram bloqueados patrimônios como os terrenos onde funcionavam as empresas do grupo, utilizados para lavagem de dinheiro.
Justiça prisão de réus por esquema de R$ 350 mi envolvendo drogas | FOLHAMAX