Justiça obriga escola aceitar menor que matou amiga com tiro na cara

Por meio de um comunicado aos pais e alunos, a diretoria do Colégio Maxi, empreendimento privado situado no bairro Quilombo, região nobre de Cuiabá, informou que realizou a rematrícula da adolescente de 15 anos, condenada por matar a melhor amiga, Isabele Guimarães, de 14 anos, em 12 de Julho de 2020 com um tiro no rosto. A determinação ocorre em cumprimento de uma decisão judicial, à qual a escola foi notificada na última quinta-feira (13).

“O Colégio Maxi reforça sua preocupação com todas as circunstâncias que envolvem o caso e por isso organizou providências necessárias para a manutenção do bom ambiente escolar, importante marca de qualidade e condição imprescindível ao nosso trabalho”, diz trecho do comunicado.

A adolescente foi internada em janeiro de 2021 no Lar Menina Moça, no Complexo do Pomeri, em Cuiabá, onde deveria cumprir a “condenação” de três anos pelo delito equivalente ao crime de homicídio qualificado, que foi condenada pela juíza Cristiane Padim da Silva, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá.

No entanto, ela “ganhou liberdade” em junho deste ano beneficiada por um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O seu retorno à escola já era esperado, e através de diversos protestos pais de alunos se manifestaram ser contra a matricula da menina desde meados de julho deste ano.

Cartazes contra a matrícula da menina para o segundo semestre do ano letivo já podiam ser vistos na escola, bem como a movimentação contrária nas redes sociais, ainda que isolados com dizeres “Lugar de assassina é na cadeia, não na escola”, por exemplo.

Ainda no comunicado, a direção oferece orientação educacional e psicólogica para os alunos que tiverem interesse em conversar. “Todo o corpo docente e de colaboradores foi preparado para que este momento seja uma oportunidade de aprendizagem para a comunidade em geral”, diz outro trecho.

 

isabele

 

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