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Com informação: folhamax
O deputado Júlio Campos (UB) emitiu um alerta sobre a incerteza do cenário político em Mato Grosso para as eleições de 2026. Em uma entrevista à Rádio CBN, ele enfatizou que, embora o União Brasil tenha uma forte presença no Estado, nada é garantido e a disputa pelo Governo será intensa. Campos fez uma comparação com as eleições municipais de 2024 em Cuiabá, onde o candidato Eduardo Botelho (UB) era visto como favorito, mas não conseguiu chegar ao segundo turno.
O parlamentar destacou que o União Brasil está solidificado no Estado e deve manter sua candidatura própria ao Governo em 2026. De acordo com ele, o nome mais natural da legenda é o senador Jayme Campos, reconhecido por seu trabalho em prol dos municípios e pela alocação de recursos para as cidades. Contudo, o governador Mauro Mendes tem defendido o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) como o sucessor ideal.
“Podemos alinhar desde que o partido esteja envolvido. O nosso partido está consolidado em Mato Grosso e almeja continuar governando o Estado. Hoje temos Mauro Mendes e em 2026 ainda teremos candidatos a governador, senador, e um partido que não se apresenta nas eleições acaba se tornando apenas uma sublegenda,” afirmou Júlio Campos.
O deputado também mencionou que há movimentações a nível nacional para uma possível federação entre União Brasil, Republicanos e Progressistas. Se essa fusão ocorrer, os três partidos terão que decidir entre os pré-candidatos Jayme Campos, Otaviano Pivetta e Cidinho Santos, todos com interesse na disputa pelo governo estadual. Além disso, a oposição também está se organizando, com o PL considerando os nomes de Wellington Fagundes e do empresário Odílio Balbinotti, enquanto a Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PV e PCdoB, além de Psol e PSD, pode lançar o senador Carlos Fávaro.
Apesar do amplo apoio a Jayme Campos dentro do União Brasil, Júlio Campos observou que a decisão final será tomada de maneira consensual pelo partido, levando em conta pesquisas e alianças estratégicas. Para ele, a cautela e o consenso serão cruciais para manter a relevância do partido em Mato Grosso. Ele reiterou que, mesmo com a popularidade do governo Mauro Mendes, a vitória em 2026 não está garantida. “Não é porque Mauro Mendes está fazendo um bom governo que nossa vitória está assegurada. Nem a dele como senador está garantida, imagine a nossa. Basta lembrar de Cuiabá e Várzea Grande, onde tínhamos certeza de que Eduardo Botelho iria ao segundo turno e ganharia, mas ele nem chegou ao segundo turno. A política é algo volátil, como nuvem, muda a cada momento,” alertou.