Juliana Quer Cruzada Contra Escapamentos Barulhentos: “Chato Pra Caramba”

Foto: Rodinei Crescêncio/Rdnews

Com informação: rdnews

A secretária de Ordem Pública e Defesa Civil de Cuiabá, Juliana Palhares, anunciou uma verdadeira campanha contra a poluição sonora na cidade, que inclui a fiscalização de motociclistas com escapamentos barulhentos. Ela continuará à frente das duas secretarias até que ocorra o desmembramento na Reforma Administrativa planejada pelo prefeito Abilio Brunini (PL). As medidas de combate à poluição sonora estão alinhadas com a administração do prefeito. “Vamos tratar essa questão [da poluição sonora com rigor] porque é uma demanda muito alta […] Precisamos abordar quem está dentro da lei de uma maneira e quem está fora de outra. A poluição sonora é uma prioridade. É uma prioridade do prefeito Abilio e também é prioridade para mim”, afirmou.

Sobre os escapamentos barulhentos, a secretária reconheceu que se trata de uma “questão cultural” que requer políticas públicas para mudar a mentalidade das pessoas. Ela ressaltou que, embora os entusiastas possam apreciar o barulho, isso prejudica a vida dos outros. “Infelizmente, isso é muito cultural. Muitas pessoas acreditam que ouvir música em volume excessivo ou fazer barulho com o escapamento da moto é algo legal, divertido e incentivado. E não é, é extremamente incômodo. Portanto, precisamos atuar em várias frentes: na fiscalização, na regulação e na mudança de mentalidade, promovendo outras políticas públicas”, argumentou, indicando que haverá colaboração com outras secretarias.

Na noite de Natal, a Polícia Militar teve que intervir em um “rolezinho” de motociclistas que estavam causando tumulto nas ruas da cidade, resultando na apreensão de cerca de 250 veículos. Na última sexta-feira (03), já à frente da secretaria, Juliana participou de uma operação coordenada pelo Gabinete de Gestão Integrada da Secretaria de Segurança Pública para combater a poluição sonora na Capital. “Muitas pessoas acham que ouvir o som excessivamente alto ou fazer barulho com o escapamento da moto é algo legal, é algo bacana, é algo que é incentivado, que é divertido. E não é, é extremamente incômodo”, declarou Juliana Palhares, secretária de Ordem Pública de Cuiabá.

É importante destacar que a Câmara de Cuiabá reconheceu o som automotivo como Patrimônio Cultural e está articulando a criação de um espaço apropriado para essa prática. Juliana afirmou que não é contra a ideia, desde que existam regras claras sobre o local e a fiscalização necessária. “Não posso realizar uma festa com um som automotivo excessivamente potente que atrapalhe o descanso de milhares de pessoas. Acredito que precisamos de um local específico onde aqueles que apreciam esse tipo de evento possam se divertir, sem incomodar quem deseja descansar ou simplesmente não gosta disso. Portanto, um meio termo e equilíbrio devem ser buscados por todos os envolvidos”, destacou.

Além do combate à poluição sonora, Juliana enfatizou que haverá um esforço para revitalizar o Centro Histórico de Cuiabá, que tem sido “esvaziado” por empresários e cidadãos devido ao medo de assaltos e ao intenso tráfico de drogas. Uma das promessas de campanha do prefeito Abilio é a criação de uma Guarda Municipal para enfrentar esses problemas. Juliana reiterou que a gestão de Abilio não pretende prejudicar aqueles que desejam trabalhar e, neste início, não haverá ações contra os vendedores ambulantes que atuam na área central. As reclamações estão relacionadas à ocupação irregular das calçadas e ao enfraquecimento do comércio legalizado, que paga impostos ao Município, enquanto os ambulantes não. “Temos demandas mais urgentes e prementes para um primeiro ataque. São pessoas que estão buscando sua sobrevivência, trabalhando para sustentar suas famílias”, disse.

“Estamos cientes de algumas irregularidades na ocupação do espaço público, mas isso não é uma prioridade para uma ação imediata. Existem questões mais urgentes que afetam a sociedade cuiabana como um todo, e devemos direcionar nossas energias iniciais para isso. No entanto, essa questão será bem discutida e analisada; não é nossa intenção remover aqueles que estão trabalhando”, concluiu.

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