Foto: Câmara de Cuiabá
Com informação: gazetadigital
A disputa pela Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá foi o tema mais controverso da última sessão do Parlamento da capital, que chegou a aprovar uma resolução para implementar o voto secreto na eleição marcada para o próximo dia 1º de janeiro. No entanto, menos de seis horas após a aprovação, a Justiça suspendeu a votação.
A situação começou quando o atual presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), que busca a reeleição, apresentou um projeto de resolução para modificar o regimento interno. Os vereadores que apoiam a candidatura da vereadora eleita Paula Calil (PL) protestaram, alegando irregularidades. A votação resultou em 15 votos a 8 a favor da aprovação. A oposição ameaçou levar a questão à Justiça. Contudo, apenas duas horas após a aprovação, o advogado Jhonatan Anfilofev Faria protocolou uma ação de nulidade para suspender a resolução. Quatro horas depois, o juiz plantonista Angelo Judai Junior acatou o pedido, argumentando que a matéria foi aprovada sem a maioria absoluta necessária, que seria de 17 votos. O magistrado também questionou a urgência do processo, que não apresentou justificativa plausível. “Apesar de a votação para a eleição da mesa diretora ocorrer em apenas 5 dias, em 01/01/2025, houve tempo suficiente para que o assunto fosse discutido durante o ano corrente, sem a urgência requerida”, destaca um trecho da decisão da última sexta-feira (27).
A decisão foi recebida com alívio pelo grupo de Paula Calil (PL), que ainda teme possíveis traições. Com o voto aberto, a traição se tornaria mais difícil, avaliam os parlamentares que apoiam Paula. Segundo o grupo, Paula Calil obteve 15 votos favoráveis, alcançando os 50% mais 1 necessários para vencer a disputa. Para garantir apoio, Paula contou com a intervenção direta do prefeito eleito Abilio Brunini (PL), que apoiou sua candidatura. Nos bastidores, comenta-se que alguns vereadores pediram que suas indicações na prefeitura fossem mantidas na nova gestão. Por sua vez, Chico 2000 (PL) teria 11 votos e ainda tenta convencer o grupo de vereadores que se considera independente. A posse dos 27 vereadores eleitos está marcada para as 9 horas do dia 1º de janeiro, seguida pela eleição da Mesa Diretora às 11 horas, e a posse do prefeito às 13 horas. Para mais detalhes, confira a edição de A Gazeta.
