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Celebrado em todo o mundo, o Dia Internacional da Mulher foi estabelecido em 1917 como um símbolo das conquistas femininas e um lembrete da luta por melhores condições de vida para as mulheres da época. Um século depois, embora o mundo tenha passado por inúmeras transformações, as mulheres ainda batalham por um espaço mais digno e igualitário. O conversou com quatro alunas do Colégio Salesiano São Gonçalo, que compartilharam suas vivências, inspirações e aspirações. Desde cedo, elas perceberam a necessidade de se posicionar na sociedade e promovem o empoderamento feminino entre outras mulheres.
Com apenas 13 anos, Maria Luiza Pereira de Almeida já compete no atletismo em Cuiabá. Ela relata que começou a correr aos 8 anos e já enfrentou o machismo durante os treinos. Guilherme Xavier “No atletismo, já ouvi coisas como: ‘você não consegue, você é mulher, você é fraca, os homens são muito mais fortes que vocês’, mas nunca dei muita importância às críticas. Sempre pensei em mim mesma, mantendo em mente que sou forte e que vou conseguir. Portanto, não me importei muito com o que os homens dizem”, compartilhou.
Anita Simões Pires, de 15 anos e aluna do primeiro ano do Ensino Médio, deseja cursar direito, influenciada pela mãe. Ela fala sobre como sua mãe, avó e irmã mais velha contribuíram para moldar quem ela é hoje. Guilherme Xavier “Acho que minha maior inspiração é minha mãe e Nossa Senhora. Tudo que faço entrego a ela. Outra grande inspiração é minha avó, que criou minha mãe sozinha, e minha mãe fez o mesmo com minha irmã e comigo. Hoje, percebo como essas mulheres moldaram minha identidade”, concluiu Anita.
Carolina Oliveira, de 16 anos, destaca a importância de as mulheres se posicionarem na sociedade para conquistarem o espaço que merecem. Guilherme Xavier “Hoje em dia, as mulheres estão ganhando cada vez mais espaço na política, nas artes e no mercado de trabalho. O complicado é que, muitas vezes, enfrentam repressão nesses ambientes”, observa.
Sabrina Sayuri Kobayashi, também de 16 anos e ainda indecisa sobre seu futuro, expressa seu desejo de viver em um mundo mais igualitário, onde as mulheres possam ocupar qualquer lugar, com tratamento e oportunidades equivalentes. Guilherme Xavier “Por muito tempo, as mulheres foram silenciadas, sem poder se expressar ou agir como desejavam, ou desempenhar o papel que queriam. Portanto, no futuro, espero viver em um mundo de equidade, onde possamos ver mulheres em todos os lugares que desejam estar, seja em casa, cuidando dos filhos, ou como líderes globais. No meu futuro, quero ver mais mulheres tendo voz, podendo expressar o que querem e sentem, e realmente se destacando”, afirmou.
Apesar de enfrentarem machismo, direta ou indiretamente, as jovens reconhecem que a construção do papel da mulher muitas vezes vem de casa e é transmitida para as novas gerações. “O Dia 8 de Março é um dia de luta contra o machismo. Porque o dia da mulher é todos os dias do ano. O que me entristece é saber que, muitas vezes, o pensamento machista se origina em casa, de uma mulher com essa mentalidade, que ensina seus filhos a serem machistas”, reflete Anita.
Carolina acredita que é essencial conscientizar sobre a importância das mulheres na história e na sociedade, já que muitas lutaram para que outras pudessem realizar seus sonhos e se tornarem quem desejavam. “Eu gostaria que, neste dia 8 de março, as pessoas parassem para refletir sobre toda a trajetória que as mulheres têm construído para conquistar o espaço que ocupamos hoje na sociedade, sejam elas figuras políticas ou artísticas, que têm lutado desde sempre pela liberdade que desfrutamos hoje. Para os jovens da nossa idade, que estão crescendo e começando a formar seus próprios sonhos, não desistam, porque, ao nos esforçarmos para alcançar nossos objetivos, garantimos que as futuras gerações tenham a mesma oportunidade e possam seguir seus próprios caminhos”, concluiu Carolina.