Após meses de investigação, a Polícia Civil de Mato Grosso encerrou o inquérito sobre supostos maus-tratos a uma criança de um ano em uma creche municipal de Cuiabá. A conclusão, confirmada no relatório final, é clara: não há elementos que indiquem responsabilidade das professoras pelo aparecimento das marcas que a mãe da criança notou nas costas da filha ao buscá-la em abril deste ano.
A denúncia, que mobilizou tanto a comunidade local quanto a administração pública, resultou na exoneração da equipe gestora da creche e no afastamento temporário das educadoras enquanto o caso era apurado. Contudo, os laudos periciais elaborados durante o processo sugerem que as marcas observadas na criança podem ter sido provocadas pelo contato comum e necessário, realizado no cotidiano da creche, considerando a sensibilidade da pele da menor.
Conclusão da Investigação e Esclarecimento Público
No decorrer das investigações, a Polícia Civil analisou imagens de câmeras de segurança, que não evidenciaram qualquer ato agressivo ou inadequado. Laudos complementares indicaram que, ao ser transferida para outra unidade escolar, a criança apresentou novamente sinais de irritação na pele, posteriormente diagnosticada como uma reação alérgica. A conclusão foi categórica ao afirmar que, em um ambiente vigiado e de constante supervisão, seria improvável que qualquer educadora realizasse atos de violência sem que alguém testemunhasse e registrasse o fato.
Procurado pela redação, o advogado Victor Gabriel Carvalho de Oliveira, representante das educadoras, declarou: “No âmbito do inquérito policial instaurado e conduzido pela 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá, cumpre-nos comunicar que as investigações foram devidamente concluídas, e restou comprovada a ausência de qualquer responsabilidade das profissionais envolvidas, as quais atuam diariamente com zelo e dedicação junto às crianças sob seus cuidados.”
De acordo com Carvalho, o procedimento investigativo foi rigoroso e, durante toda a apuração, as professoras colaboraram de forma irrestrita, relatando detalhadamente suas rotinas de cuidado. “As conclusões periciais indicaram que as marcas observadas poderiam ter origem no manuseio habitual e necessário da criança, cuja pele sensível poderia justificar tais sinais, sem que houvesse indícios de práticas de violência, negligência ou qualquer ato abusivo”, afirmou o advogado.
Com o arquivamento do inquérito, as profissionais são restabelecidas em sua integridade e na confiança da comunidade. “Com o encerramento deste inquérito, a verdade foi devidamente restabelecida, reiterando o compromisso, a integridade e a postura ética das profissionais que diariamente dedicam seus esforços ao desenvolvimento e à segurança das crianças confiadas aos seus cuidados”, finalizou Victor Gabriel Carvalho de Oliveira, destacando o papel das educadoras e o respeito com que se dedicam à formação das crianças sob sua responsabilidade.
Este desfecho é um lembrete sobre a importância da análise minuciosa em casos delicados como este, reforçando a confiança da sociedade na justiça e a certeza de que profissionais dedicados merecem reconhecimento e respeito.