Guia de turismo revela experiências vividas no Pantanal Mato-grossense, incluindo maior incêndio no bioma

Nicolle Ribeiro/ VGN

Há 12 anos no ramo, o guia de tursimo e fotógrafo Fernando Buttura revelou ao , em entrevista exclusiva na sexta-feira (05.07), quando começou seu fascínio pela vida selvagem. Além disso, relatou sua experiência no Pantanal em 2020, quando o bioma foi tomado por chamas.

Através de vivências nos anos em que fez faculdade de turismo em Cuiabá e estagiava no Aeroporto Marechal Rondon, Fernando ficou fascinado ao conhecer guias que comumente levavam turistas para o Pantanal e a Amazônia. Essa fascinação o fez decidir seguir o mesmo caminho.

Para ele, não há nada mais gratificante do que proporcionar experiências para pessoas que têm vontade de conhecer mais sobre a vida selvagem, seja por meio de tours ou fotografias, onde é possível ver a beleza dos animais em seu habitat natural. “É super gratificante ver os animais livres e poder levar pessoas do mundo inteiro para observá-los e fotografá-los em seu habitat natural”, revelou Buttura.

Com seu vasto conhecimento na área, o guia de turismo afirma que o Pantanal é capaz de proporcionar experiências incríveis, com diversos animais. Além da famosa onça-pintada, símbolo do Pantanal Mato-grossense, há uma grande diversidade de aves, capivaras, jacarés e ariranhas, além de muitos outros animais selvagens.

Em relação à onça-pintada, Buttura diz que são maiores as chances de observá-las em Porto Jofre, no município de Poconé, a 104 km de Cuiabá, visto que a região é conhecida por ser o habitat ideal para elas. Inclusive, após o isolamento social devido à Covid-19 em 2020, foi possível avistá-las mais vezes, agora acompanhadas de seus filhotes.

Pantanal em Chamas

Em relação ao Pantanal em 2020, quando o bioma foi transformado em cinzas devido a um evento de seca extrema na região, Fernando descreve a época como “sinistra”, visto que o ano foi marcado por fogo e pandemia.

Ele relembra que, na ocasião, muitos tours que deveriam ocorrer na temporada foram cancelados, ponderando que, durante a pandemia, não estavam autorizados voos internacionais e 99% de seus clientes eram estrangeiros.

Entre os momentos marcantes na memória, Buttura destacou um vivido em meados de agosto de 2020, quando um grupo de estrangeiros que moravam no país decidiu ir ao Pantanal ver as famosas onças-pintadas. Apesar de não terem ocorrido problemas na viagem de ida, a volta foi marcada por desespero.

“Alguns estrangeiros que moram no Brasil queriam vir para o Pantanal para ver as onças. A gente foi, mas depois não sabia se ia conseguir voltar. Muitas pontes já estavam destruídas e algumas pontes que utilizávamos para voltar pegavam fogo, não tinha mais volta”, explicou o guia de turismo.

Apesar de ter acompanhado os incêndios nos anos seguintes, Fernando afirma que 2020 foi o mais impactante, pois foi a primeira vez que vivenciou tanto fogo fora de controle.

“Em 2021 queimou de novo, ano passado queimou de novo e este ano com certeza vai queimar de novo porque está tudo seco. Mas 2020 foi mais impactante porque foi a primeira vez que vimos um fogo daquele, fora de controle. Foi um ano caótico”, declarou.

Experiências Distantes

Questionado sobre sua experiência mais gratificante nos anos de trabalho, Fernando destacou uma vivida em 2019, quando guiou uma equipe da British Broadcasting Corporation (BBC) na Inglaterra para um documentário. “Para mim isso foi especial porque eu curto muito assistir esses filmes de natureza e a BBC é a melhor do mundo nesse segmento”, declarou.

Fonte: Guia de turismo revela experiências vividas no Pantanal Mato-grossense, incluindo maior incêndio no bioma | VGN – Notícias em MT com credibilidade (vgnoticias.com.br)

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