Greves nas universidades federais

LUIZ FERNANDO ROGÉRIO

Em meio ao turbilhão de notícias que circulam diariamente, uma se destaca pela sua capacidade de afetar diretamente o futuro de uma nação: a greve dos técnicos de universidades públicas e a iminente paralisação dos professores.

 

Prevista para iniciar no dia 15 de abril, essa greve não é apenas um ato isolado de reivindicação; é um sintoma de uma doença crônica que aflige o sistema educacional e, por extensão, o Estado Brasileiro.

 

As universidades são pilares de conhecimento, pesquisa e inovação. Quando seus corredores ecoam com o silêncio da inatividade, não são apenas os alunos que sofrem; é toda a sociedade.

 

As famílias veem seus filhos privados de educação, o progresso acadêmico é interrompido, e o Estado, já sobrecarregado por inúmeras responsabilidades, enfrenta mais um obstáculo para promover o desenvolvimento social e econômico.

 

 

É compreensível que os trabalhadores busquem melhores condições e reconhecimento.

 

No entanto, é imperativo ponderar: qual é o custo dessas greves? O preço pago não se reflete apenas em números ou estatísticas; ele é medido em oportunidades perdidas, sonhos adiados e um futuro incerto.

 

A educação é o alicerce sobre o qual uma nação constrói seu amanhã. Greves prolongadas corroem esse alicerce, deixando uma lacuna que pode levar anos para ser preenchida. Enquanto isso, o relógio não para, e o mundo não espera.

 

Outras nações avançam, explorando o potencial pleno de sua juventude, enquanto o Brasil permanece em um impasse, preso em um ciclo de paralisações que ameaça deixar para trás uma geração inteira.

 

Portanto, é com um apelo à reflexão e ao diálogo que me posiciono contrário a essas greves.

 

Não por desconsiderar as demandas dos professores e técnicos, mas por valorizar acima de tudo o direito à educação e o bem-estar das famílias e do Estado Brasileiro.

 

Que as vozes de negociação se sobreponham aos clamores de paralisação, e que juntos possamos encontrar um caminho que honre tanto os direitos dos trabalhadores quanto o futuro de nossos estudantes.

 

Luiz Fernando Rogério é gestor de Hospitais e Serviços de Saúde pela UNIC.

 

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