Foto: Secom/MT
Com informação: matogrossoeconomico
A paralisação das obras do sistema de ônibus de trânsito rápido, conhecido como BRT, em Cuiabá, gerou polêmica. A construção do BRT começou em janeiro do ano passado, nas proximidades do Comando Geral da Polícia Militar, na Avenida do CPA. Desde então, as obras avançaram pelo canteiro central, alcançando a área entre o Viaduto da Miguel Sutil/CPA e a sede do Crea há aproximadamente três meses. No entanto, os trabalhos pararam na região e não avançaram em direção ao Centro da cidade. Em razão do não cumprimento do cronograma original, o Estado afirma que já notificou o consórcio pelo menos 50 vezes. Ontem (29), o governador Mauro Mendes (União) reconheceu, em entrevista à imprensa, que está considerando romper o contrato com o Consórcio BRT. “Extrapolou o limite”, afirmou. Ele acrescentou que “o desempenho da empresa está horrível” e ressaltou que “o governo paga rigorosamente em dia”.
Além de assegurar que acompanha de perto a execução do contrato, o governador mencionou que realiza reuniões frequentes com a equipe técnica e com a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para discutir a situação. Ele também deve abordar o tema com o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Embora Cuiabá esteja no centro do problema devido ao impacto das obras no fluxo da região, as obras em Várzea Grande também não foram concluídas. Em julho do ano passado, conforme já noticiado pelo MT Econômico, havia a previsão de que as obras fossem finalizadas em até 60 dias na cidade. Contudo, alguns trabalhos de calçamento são visíveis, enquanto o asfalto do lado direito da Avenida da FEB já se encontra deteriorado, e os pontos de ônibus ainda não foram instalados.
O consórcio enfrenta problemas nas duas cidades. Em Cuiabá, as obras estão paradas na altura da Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), próximo ao trecho do Viaduto da Miguel Sutil/CPA e à sede do Crea, onde as máquinas já passaram pelo canteiro central, mas ainda faltam diversos serviços, como drenagem, calçadas e concretagem. O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, informou que o Governo está avaliando um novo cronograma apresentado pelo consórcio, mas a expectativa é que fique pronto em 2026, enquanto o prazo inicial para entrega estava previsto para 2025. O Consórcio é liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A e foi contratado em agosto de 2022 por R$ 468 milhões para construir o sistema de BRT, que substituiu o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Há uma semana, em nota divulgada à imprensa, a empresa afirmou que os atrasos nas obras se devem a disputas políticas entre o governo do Estado e a gestão anterior da prefeitura de Cuiabá, inconsistências no edital de licitação, problemas no anteprojeto elaborado pelo Estado e alterações no traçado. Neste mês, após assumir a prefeitura, o prefeito Abilio Brunini (PL) anunciou que havia determinado que a Procuradoria Geral do Município desistisse das ações judiciais protocoladas pela administração anterior, que visavam bloquear as obras do BRT, conforme também já foi divulgado pelo MT Econômico. Clique aqui e entre no grupo de notícias do MT Econômico para se manter informado sobre novidades relevantes.