Faxineira Descobriu Esquema Que Levou à Prisão Político Do Interior De MT

Foto: Blog O Mundo Em Lanches

Com informação: vgnoticias

No pequeno município de General Carneiro, a 445 km de Cuiabá e com apenas 6 mil habitantes, um esquema de corrupção foi descoberto. Ouvindo uma conversa de forma desatenta, uma funcionária da limpeza do local acabou revelando segredos importantes. Em cidades pequenas como essa, os segredos tendem a ser mais fáceis de serem acessados. A funcionária ouviu um diálogo entre figuras proeminentes da política local nos corredores da câmara municipal, o que levou a Polícia Civil de Mato Grosso a investigar um escandaloso esquema.

De acordo com a denúncia original enviada à Polícia Federal, uma faxineira presenciou uma reunião entre Janderson Lauro Lacerda, presidente da Câmara Municipal de General Carneiro, e um representante da empresa Cavalcca Prestadora de Serviços LTDA. Esta empresa de terraplanagem foi contratada sem licitação para realizar um concurso na câmara.

“Uma funcionária da equipe de limpeza, sem querer, testemunhou uma reunião entre o Presidente da Câmara, Senhor Janderson Lauro, e um representante da empresa contratada, onde discutiram formas de favorecer funcionários já empregados na Câmara em um próximo concurso público. O objetivo era garantir a aprovação de dois funcionários específicos, que já exercem influência nas atividades municipais”, diz um trecho da denúncia enviada à PF.

A documentação foi repassada pela Polícia Federal à Polícia Civil de Mato Grosso, que iniciou a investigação. As apurações resultaram em duas prisões do presidente da Câmara de General Carneiro: a primeira ocorreu no meio do ano durante um cumprimento de mandado de busca e apreensão, quando uma arma ilegal foi encontrada em sua residência; a segunda prisão aconteceu em 20 de dezembro, após a descoberta de novos indícios de fraude na dispensa de licitação que contratou a empresa responsável pelo concurso e na própria realização do certame.

O concurso aprovou o ex-secretário de Saúde, Wickytor Winnicios de Sousa Vilela, e o tesoureiro da Câmara, Leonardo de Souza Neres. Leonardo foi mencionado na denúncia como um dos servidores que se beneficiariam no concurso.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

WordPress Ads