Foto: Luciano Campbell/ALMT
Com informação: MIDIANEWS
presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), declarou ser “inaceitável” que facções criminosas explorem os mercadinhos nos presídios para lucrar. Recentemente, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) revelou que uma facção estava utilizando o mercadinho da Penitenciária Central de Cuiabá (PCE) para lavagem de dinheiro, o que foi confirmado por Sandro Rabelo, conhecido como “Sandro Louco”. Em um período de quatro anos, uma associação de servidores da penitenciária movimentou cerca de R$ 13 milhões, quantia que teria origem em transações ilícitas entre a associação e a facção. “Não podemos aceitar que qualquer facção controle um órgão público. Isso é inaceitável, especialmente em um mercadinho que gera lucro.
O Estado e a Assembleia não podem e não vão aceitar isso”, afirmou o deputado em entrevista ao Conexão Poder. NÓS NÃO PODEMOS ACEITAR QUE FACÇÃO NENHUMA CONTROLE UM ÓRGÃO PÚBLICO. ISSO É INACEITÁVEL. AINDA MAIS UM MERCADINHO QUE GERA LUCRO. Este ano, o governador Mauro Mendes (União) vetou um artigo de uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa que permitia a operação de estruturas dentro das prisões. Agora, os deputados estaduais devem decidir pela manutenção ou derrubada do veto. A questão tem gerado divisões entre os parlamentares. Quando questionado sobre sua posição, Max não se posicionou claramente contra ou a favor da operação dos mercadinhos, mas criticou os “privilégios” concedidos aos detentos. “Não sou a favor de privilégios; não concordo que quem estava na sociedade e cometeu um crime, muitas vezes destruindo famílias, receba qualquer tipo de privilégio. Sou totalmente contra isso”, afirmou. “Entretanto, também não podemos deixar de oferecer o mínimo para um ser humano”, completou.