“Encaro Qualquer Um, Não Tenho Medo De Ninguém”, Diz Jayme

Foto: Reprodução

Com informação: Midia News

O senador Jayme Campos (União-MT), que se destaca como o parlamentar que mais destinou recursos do Orçamento da União para os municípios, declarou nesta quinta-feira, 16, a necessidade de uma reforma abrangente no processo de indicação das emendas, visando aumentar a transparência e a rastreabilidade dos recursos. Em entrevista à Rádio Cultura de Cuiabá, ele também se posicionou a favor do fim do fundo partidário e de outras reformas, incluindo a política e a administrativa. Campos expressou apoio às iniciativas do ministro Flávio Dino e do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas ao tema das emendas, defendendo investigações rigorosas sobre a utilização dos recursos. “Minhas emendas são conhecidas por onde vão – destacou o senador. Há total transparência, 100%” – afirmou, acrescentando: “Dizem que o Ministério Público Federal emitiu uma portaria para investigar as emendas liberadas por mim. É necessário investigar, mas não a mim.

É preciso investigar o prefeito, para verificar se ele aplicou corretamente o dinheiro. Eu não sou um órgão de controle. Minha obrigação é trazer recursos para o Estado e os municípios” – enfatizou. No ano passado, Jayme Campos liberou R$ 217 milhões por meio de emendas, sendo o parlamentar que mais transferiu recursos para o Estado. Ele aguarda a liberação de mais R$ 90 milhões nos próximos dias. Cada valor liberado é comunicado à Câmara Municipal, a clubes de serviço como Rotary e Lions, e a entidades da sociedade civil, para que ajudem na fiscalização da aplicação dos recursos. Segundo o senador mato-grossense, os valores liberados são resultado do seu trabalho como parlamentar e do relacionamento político que construiu ao longo de dois mandatos. “Faço articulação política. Essa é a minha função! Não vejo sentido em receber mais de R$ 30 mil por mês apenas para falar no plenário” – comentou. Além de defender a transparência e a rastreabilidade das emendas, Jayme Campos também manifestou sua posição favorável ao fim do fundo partidário, que consome cerca de R$ 5,6 bilhões do Orçamento da União. Ele ressaltou que no Brasil existe atualmente uma “indústria de partidos”, com mais de 30 legendas e inúmeras denúncias de desvios e fraudes. “Se você quer ser candidato, use seu próprio dinheiro, gaste sola de sapato e saliva” – afirmou.

Outro tema abordado pelo senador foi a participação do seu partido, o União Brasil, na base do Governo no Senado. Ele destacou que a sigla tem atuado com independência, citando três senadores que se posicionam na oposição: Alan Rick e Marcio Bittar, ambos de Rondônia, e Sérgio Moro, do Paraná. Em contrapartida, o União Brasil conta com três ministérios: Turismo (Celso Sabino), Comunicações (Juscelino Filho) e Integração e Desenvolvimento Regional (Waldez Góes). “Se decidirem sair da base, terão que entregar os ministérios” – ressaltou, afirmando que o tema ainda será discutido ao longo do ano. “Para mim, pessoalmente, o que posso fazer, eu tenho feito; se estou trazendo recursos para Mato Grosso, é porque tenho articulado e mantido um bom relacionamento” – concluiu.

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