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Com informação: VG Notícias
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), se pronunciou nesta segunda-feira (16.12) sobre a decisão do prefeito eleito Abílio Brunini (PL) de extinguir a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP). Emanuel argumentou que a empresa proporciona agilidade jurídica nas unidades de saúde que administra. “A princípio, ao ouvir a notícia sobre o fechamento da Empresa Cuiabana de Saúde, considero isso um retrocesso. Do ponto de vista jurídico, a Empresa Cuiabana de Saúde oferece mais agilidade para o gestor atender às demandas da população. Por isso, eu não fiz isso, ao contrário, eu fortaleceria a Empresa Cuiabana de Saúde”, declarou Emanuel.
Ele também ressaltou que não seria ético criticar as decisões do prefeito eleito, mas destacou que Abílio logo compreenderá a complexidade e a necessidade de atualização constante que o cargo de prefeito da Capital exige. Segundo o prefeito, para administrar uma unidade hospitalar, é fundamental ter mecanismos legais que garantam agilidade. “Em locais onde há leitos de UTIs e enfermarias, é necessário ter uma estrutura ágil, pois estamos lidando com vidas. É preciso salvar vidas, e a rotatividade de enfermeiros, médicos e prestadores de serviços é bastante alta. Não se pode ter uma estrutura engessada, como a administração direta, para gerir uma unidade hospitalar”, argumentou.
Emanuel também foi questionado sobre as acusações de Abílio, que, após uma visita ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), apontou ineficiência no atendimento aos pacientes que aguardam alta médica para realizar exames. Abílio chegou a questionar se a empresa teria lucros ao manter pacientes internados. Ao responder, Emanuel afirmou que a alta do paciente é decidida pelo médico e, de forma irônica, disse que Abílio, como prefeito, não terá a capacidade de conceder alta. “É impressionante a falta de entendimento sobre como o sistema funciona. Você sabe quanto o Ministério da Saúde paga por diária? Ele imagina um valor e não tem noção da real necessidade. Qual é o verdadeiro custo de uma internação médica? Ele está completamente desatualizado. Ao contrário, todo gestor busca uma maior rotatividade no hospital. E quem dá alta não é o prefeito ou o secretário. Quem dá alta é o médico! Eu espero que as vidas sejam bem cuidadas e salvas, mas a decisão de alta não cabe ao prefeito. Acredito que nem ele, como prefeito, poderá conceder alta”, respondeu.