Emanuel Admite ‘aperto’ No Caixa Da Prefeitura Mas Nega Atraso De Salários

Foto:Mariana da Silva

Com informação: gazetadigital

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) reconheceu que o município está passando por um “aperto” financeiro, mas refutou que essa situação tenha causado atrasos nos pagamentos de servidores públicos ou nas transferências para empresas terceirizadas. A declaração foi feita em uma entrevista ao Jornal da Manhã (rádio Jovem Pan) na semana passada, quando o prefeito se referiu aos protestos de trabalhadores e terceirizados sobre a suposta demora nos pagamentos mensais.

“Cuiabá tem dinheiro sobrando? Não tem. Nenhum município tem, cada um enfrenta seus próprios problemas. Às vezes, um aperto financeiro aqui ou ali é normal. É como em uma casa. Tem meses em que você está melhor, outros não”, afirmou.

Recentemente, a capital mato-grossense foi cenário de manifestações relacionadas a salários atrasados. Motoristas que transportam pacientes para sessões de hemodiálise interromperam suas atividades devido à falta de pagamento. Condutores do transporte coletivo também atrasaram o início das operações como forma de protesto. Além disso, o Sindicato dos Odontologistas do Estado de Mato Grosso (Sinodonto) emitiu uma nota de repúdio, alegando que a Prefeitura de Cuiabá não pagou os salários de novembro de 2024 e as horas extras de outubro de 2024, afetando cirurgiões-dentistas e outras categorias de servidores.

De acordo com Emanuel Pinheiro, os atrasos foram causados por falhas na transmissão de dados bancários, o que impactou uma parte dos servidores. “Servidor público nunca recebeu salário atrasado. O que ocorreu foi um problema de sistema. O recurso está disponível. Parece que 10% ou 15% dos casos atrasaram devido a um erro na remessa de dados para a folha de pagamento”, explicou o prefeito.

Quanto às empresas terceirizadas, ele ressaltou que algumas enfrentam dificuldades financeiras, resultando em conflitos internos e descontentamentos. Ele mencionou a empresa Caribus, responsável pelo transporte coletivo na região Sul, que quase paralisou suas atividades. “Problemas entre patrão e trabalhador acontecem. É minha responsabilidade cobrar. Não queremos que a cidade seja penalizada”, concluiu.

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