Ari Miranda
Única News
Em conversa com jornalistas, o presidente eleito da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Max Russi (PSB), afirmou que espera uma maior participação feminina nas eleições gerais de 2026.
Todavia, em sua avaliação, a participação das mulheres na próxima eleição será regida pelo engajamento delas nas eleições municipais de 2024, que tem seu primeiro turno marcado para o dia 6 de outubro.
“Nós precisamos eleger mais representantes femininas, mais prefeitas, mais vereadoras, e eu acho que é esse o momento dessa definição”, disse Russi.
Atualmente, a única mulher no Parlamento Estadual é a deputada Janaina Riva (MDB). Diante disso, o presidente eleito da Mesa Diretora da Casa sugeriu que mais mulheres participem ativamente da política, para que a AL possa ter mais paridade de gênero, com mais mulheres em sua composição.
“Na Assembleia [Legislativa] infelizmente nós só temos uma [representante] entre 24 deputados, e esperamos que na próxima eleição, a gente amplie esse número, até porque nós teremos três novas vagas [aqui na Casa]. E, no mínimo, essas três vagas deveriam ser preenchidas por mulheres, ou uma composição ‘meio a meio’, metade mulheres, metade homens”, avaliou.
Além disso, destacou que, para as eleições deste ano, o PSB estadual terá a participação de várias representantes do sexo feminino nos municípios.
“Quero eleger várias prefeitas pelo Estado. (…) Só aqui em Cuiabá, nossa chapa está quase meio a meio [o número] de mulheres e homens, e mulheres fortes, com voto e com grande possibilidade de serem eleitas”, enfatizou
Perguntado sobre a participação das mulheres no processo eleitoral ainda estar aquém da participação masculina, o parlamentar foi categórico em afirmar que, para as mulheres, uma disputa eleitoral acaba se tornando mais difícil devido ao fato delas serem multifacetadas e terem que se dividir entre várias funções, citando como exemplo sua esposa, a prefeita Andréia Wagner Russi, da cidade de Jaciara (146 Km de Cuiabá).
“Eu tenho dentro de casa a minha esposa, que é prefeita. É muito mais difícil ‘pra’ ela ser prefeitura do que foi para mim.(…) Ela é mãe, tem uma preocupação com os [nossos] filhos, se preocupa com o lar, com a casa. É mais fácil para o homem participar de eventos, reuniões em qualquer horário, pedindo voto. (…) Ou seja, a dificuldade para elas é maior, mas temos que superar isso, e superar isso é cada vez mais, fortalecendo e lançando boas candidatas”, ressaltou.
“A gente não pode distinguir, com essa de ‘a mulher é melhor que o homem ou o homem é melhor que a mulher’. Eu acho que todos são iguais. O que tem que ter diferença é na capacidade de cada um. Precisamos cada vez mais de mulheres preparadas participando do pleito [eleitoral]”, pontuou Max.
