Foto: JLSIQUEIRA / ALMT
Com informação: folhadoestado
O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) apoiou a decisão do prefeito Abilio Brunini (PL) de trocar as equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBS) que se recusarem a atender pacientes com casos não urgentes. Essa medida, anunciada em 2 de janeiro, visa diminuir a superlotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), que, segundo o prefeito, atendem um alto número de pacientes classificados como “verdes” na triagem, ou seja, sem necessidade de atendimento emergencial. A decisão provocou uma reação do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), que considerou a ação uma tentativa de “criminalizar os médicos”. Diante desse impasse, Diego Guimarães enfatizou a importância de um diálogo mais amplo entre a Prefeitura e o CRM para discutir melhores condições de trabalho para os profissionais da saúde, especialmente aqueles que atuam nas UPAs, onde a carga de trabalho é mais intensa.
“Falta diálogo. O Abilio está certo ao afirmar que muitos pacientes com classificação verde buscam a UPA e acabam sobrecarregando o atendimento. Lá, os médicos atendem entre 50 e 60 pacientes por plantão, enquanto nas UBS, os profissionais atendem cerca de 12 pessoas por dia. O CRM precisa considerar os dois lados e também defender os médicos que recebem baixos salários e trabalham em condições mais difíceis”, declarou o parlamentar. Para evitar conflitos entre as partes e encontrar soluções efetivas, Diego sugeriu uma reunião mediada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), envolvendo representantes da Prefeitura e do CRM-MT. “Precisamos de diálogo. Já conversei com Abilio e propus uma reunião na Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Saúde, para que todos os envolvidos possam discutir e encontrar um equilíbrio. No final das contas, quem está na linha de frente não se importa com disputas políticas, mas sim com um atendimento mais eficiente”, concluiu o deputado.