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Com informação: gazetadigital
O deputado estadual e médico Lúdio Cabral (PT) enfatizou a importância de manter a Santa Casa de Cuiabá em funcionamento, mesmo com a inauguração do Hospital Central de Mato Grosso. O governo estadual já anunciou o fechamento da Santa Casa assim que o novo hospital começar a operar. Contudo, Lúdio esclareceu que a Santa Casa oferece uma gama de serviços que não estarão disponíveis no Hospital Central, o que pode deixar centenas de crianças sem o tratamento que recebem atualmente. Ele também acredita que é necessário expandir, e não apenas reorganizar, os serviços de saúde na rede pública.
“Há alguns anos venho alertando que não se pode fechar a Santa Casa com a inauguração do Hospital Central. Embora este novo hospital vá substituir parte dos serviços que a Santa Casa oferece, isso não ampliará o atendimento, e há serviços que a Santa Casa realiza atualmente que não serão feitos pelo Hospital Central. Quem realizará hemodiálise em crianças? A Santa Casa é o único hospital em Mato Grosso que faz esse procedimento. E quem cuidará da oncologia pediátrica que é atendida pelo Hospital Estadual Santa Casa? A unidade conta com 10 leitos de UTI pediátrica e 10 de UTI neonatal, além de 30 leitos de UTI adulto, e possui uma estrutura completa de enfermaria em pediatria voltada para oncologia, nefrologia e outras especialidades, além de um Pronto Atendimento sempre disponível”, destacou.
Lúdio recordou que, em 2019, lutou contra o fechamento do hospital filantrópico Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá e, após o fechamento, batalhou para que a unidade fosse reaberta. Após intensa mobilização, o Estado decretou intervenção e reabriu a Santa Casa como um hospital estadual. “O Estado não pode simplesmente fechar a Santa Casa. Em 2019, lutamos pela Santa Casa. Agora, devemos continuar essa luta para garantir que não haja o fechamento. Atualmente, é um hospital estadual que precisa continuar suas atividades, independentemente da abertura do Hospital Central. Qualquer nova unidade hospitalar deveria ampliar os serviços existentes, e não reduzi-los”, concluiu Lúdio.