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Assessoria
Com informação: ftnbrasil
Em cerimônia realizada no Palácio Paiaguás na noite desta terça-feira (22), o governo de Mato Grosso assinou contrato com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein para gestão do Hospital Central de Alta Complexidade, marcando um novo capítulo na saúde pública do estado após 34 anos de espera. A unidade, cujas obras foram retomadas em 2020 após décadas de paralização, deve iniciar operação parcial em setembro e funcionamento pleno até janeiro de 2026.
O evento contou com a presença maciça de deputados estaduais, que recentemente aprovaram a medida na Assembleia Legislativa incluindo emendas para garantir transparência no uso dos recursos públicos. “Mais da metade dos parlamentares estão aqui hoje, representando a esperança de todo um estado”, destacou o presidente da ALMT, deputado Max Russi (PSB). “Este hospital era um sonho interrompido há 34 anos, e agora se concretiza com uma das melhores instituições de saúde do mundo”.
O contrato, com duração inicial de cinco anos e possibilidade de renovação, estabelece um modelo inédito de gestão para Mato Grosso. A partir de maio, equipes do Einstein iniciarão a fase pré-operacional com recrutamento de profissionais (priorizando mão de obra local), aquisição de equipamentos e capacitação. O investimento mensal está estimado em R$ 35 milhões.
“Como médico atuante há 40 anos no estado, considero este um dia histórico”, emocionou-se o deputado Dr. João (MDB), primeiro-secretário da ALMT. O parlamentar Carlos Avallone (PSDB) reforçou que a parceria “elevará o padrão de toda a rede de saúde mato-grossense”, tanto pública quanto privada, ao trazer a excelência reconhecida internacionalmente do Einstein – classificado entre os 25 melhores hospitais do mundo.
O governador Mauro Mendes (União) detalhou que as tratativas para o acordo começaram há cerca de dois anos. “Em setembro teremos o início das atividades operacionais, com funcionamento completo previsto para dezembro ou janeiro de 2026”, afirmou. O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, anunciou que nos próximos 60 dias será implantado novo sistema de regulação de pacientes, desenvolvido em parceria com a Universidade do Rio Grande do Norte.
Sidney Klajner, presidente do Einstein, garantiu que a instituição replicará em Cuiabá o mesmo padrão de qualidade da matriz paulista, incluindo eventualmente procedimentos de alta complexidade como cirurgia robótica e transplantes. Dados apresentados mostram que as 32 unidades públicas parceiras da rede pelo Brasil já registraram redução de filas cirúrgicas e melhor aproveitamento de leitos.
Com 32 mil m² de área construída, o Hospital Central terá capacidade para:
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1.990 internações mensais
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652 cirurgias/mês
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3.000 consultas especializadas/mês
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10 salas cirúrgicas
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60 leitos de UTI
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230 leitos de enfermaria
A unidade atenderá especialidades como cardiologia, neurologia, ortopedia, urologia e ginecologia, representando um avanço significativo na redução da migração de pacientes para outros estados em busca de tratamentos complexos. O modelo de gestão inclui auditoria constante, prestação de contas periódica e realização de audiências públicas para garantir transparência no uso dos recursos – exigências incorporadas por emendas dos deputados estaduais ao contrato original.
Presentes ao ato, diversos parlamentares destacaram o caráter transformador do projeto. “Estamos entregando não apenas um hospital, mas um novo paradigma para a saúde em Mato Grosso”, resumiu o deputado Dr. Eugênio (PSB). A cerimônia reuniu ainda representantes do Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas, simbolizando a convergência de esforços entre os Poderes para concretizar uma das mais esperadas obras de infraestrutura em saúde na história do estado.