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Com informação: folhamax
O deputado estadual Valdir Barranco (PT) realizou na terça-feira (15) uma inspeção nas instalações da Empaer em Várzea Grande e denunciou o estado de abandono estrutural e institucional da autarquia, que atualmente opera em uma pequena sala improvisada dentro da Secretaria Municipal de Saúde e Meio Ambiente. No local, apenas oito funcionários trabalham em sete mesas equipadas com sete computadores, sem as condições adequadas, com salas repletas de entulho, um único banheiro e até relatos de servidores sendo obrigados a urinar no mato devido à falta de sanitários. “O que presenciei é vergonhoso. Um cenário precário e desumano. Não há outra explicação: a intenção é sucatear para fechar. Este é o plano do governo Mauro Mendes para a Empaer. Estão tentando acabar com a empresa por abandono deliberado, para depois alegar que não funciona”, criticou Barranco.
De acordo com o deputado, os servidores da unidade foram transferidos de um prédio maior para esse novo espaço após um termo de cooperação com a Prefeitura, mas sem qualquer estrutura mínima para continuar oferecendo os serviços com dignidade. Apesar das condições caóticas, Barranco elogiou o trabalho dos servidores. “Eles são vítimas, não culpados. Continuam se esforçando, atendendo os agricultores mesmo em condições desumanas. Isso apenas reforça o compromisso e a importância da Empaer para a população rural”, afirmou. O parlamentar anunciou que solicitará uma inspeção do Corpo de Bombeiros e do CREA para avaliar as condições do local, além de continuar exigindo a responsabilização do presidente da autarquia, que é alvo de um processo administrativo enviado pelo próprio deputado. Para Barranco, o desmantelamento da Empaer é parte de um projeto político que ataca a agricultura familiar. “Mato Grosso tem mais de 150 mil famílias que dependem diretamente da assistência técnica da Empaer. Este governo virou as costas para elas. Favorece o agronegócio e abandona os pequenos produtores. Não podemos aceitar isso”, declarou. Ele enfatizou ainda que a luta pela manutenção e fortalecimento da Empaer é fundamental para a soberania alimentar do estado. “A Empaer é essencial. Sem ela, os agricultores familiares ficam desamparados. O governo precisa entender que o campo não é lugar de improviso, mas sim de dignidade e produção. E é nosso dever lutar por isso”, concluiu o deputado.