- DA ASSESSORIA – issoenoticia
Visando a preservação e a saúde das mulheres mato-grossenses, o deputado estadual Valdir Barranco (PT) apresentou uma proposta para que o governador Mauro Mendes (União) destine recursos para custeio e investimento em políticas e ações de proteção e combate à violência contra a mulher nos municípios de Mato Grosso. A Indicação nº 1957/2024 foi apresentada durante a sessão desta quarta-feira (8) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
Para o parlamentar, esse investimento é mais que necessário e primordial, pois pesquisas comprovam que, sem recursos específicos, as taxas de feminicídio e os casos de violência aumentam progressivamente.
“O problema da violência contra a mulher é profundamente enraizado na cultura machista da nossa sociedade. No entanto, isso não deve ser um obstáculo para a criação de programas e propostas de proteção e combate, bem como para o envio de recursos. Todas as ações e políticas públicas no combate à violência contra a mulher devem ser prioridades e tratadas com urgência por todos os gestores públicos nos municípios de Mato Grosso, garantindo que sejam executadas de maneira adequada, visando a preservação da vida feminina”, declarou Barranco.
O parlamentar ressaltou que, infelizmente, os casos de violência doméstica são uma realidade cotidiana para inúmeras mulheres no Estado. “Apenas em 2023, 46 mulheres foram vítimas de feminicídio, segundo dados da Polícia Civil. No entanto, esse número não engloba todas as mortes que não são classificadas como feminicídio, tornando-se ainda maior. Mato Grosso, segundo dados de março deste ano, apresenta a maior taxa de feminicídios do país, com 2,5 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Isso é absurdo e não vemos ações concretas sendo tomadas para evitar mais mortes”, ressaltou.
Barranco concluiu enfatizando ser inaceitável que, em pleno século XXI, ainda tenhamos que lidar com números alarmantes de agressões físicas, psicológicas e emocionais contra as mulheres.
“Não podemos mais permitir que elas vivam com medo, que sejam vítimas do machismo e da cultura do patriarcado que as subjuga e as torna vulneráveis a todo tipo de abuso. Cada caso de violência é uma afronta à dignidade humana e um ataque aos direitos fundamentais de nossa sociedade. Portanto, é imprescindível que criemos e fortaleçamos ações concretas de combate a essa chaga social.”