POR MÁRCIA MARTINS / SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Foto: Luiz Alves/ALMT
Na tarde desta terça-feira (29), a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizou a 1ª reunião da Comissão de Relações Internacionais, Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Institucional com a nova composição, que tem como presidente o deputado Valdir Barranco (PT) e vice-presidente, o deputado Júlio Campos (União).
Dentre as propostas de trabalho apresentadas estão o apoio e incentivo do Parlamento na realização da reunião de cúpula do BRICS que vai acontecer no próximo mês de julho, no Brasil; a importância da participação de Mato Grosso na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) que também será sediada no Brasil, no mês de novembro e a ainda a explanação de um projeto sobre investimento estrangeiro, apresentado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que promete trazer desenvolvimento econômico e impulso para o estado avançar no cenário internacional.
O presidente da comissão, falou sobre a relação entre o equilíbrio do meio ambiente e o desenvolvimento econômico, também conhecido como desenvolvimento sustentável. Barranco enfatizou que, embora a cobrança pela preservação dos recursos naturais seja vista como inimiga da produção por alguns produtores, ela é extremamente necessária.
“Essa cobrança é justamente para chamar a atenção para a importância do tema e nos amarrar um pouco nesse respeito com o ambiente”, salientou o presidente ao acrescentar que a apresentação técnica do professor de economia da UFMT (Leonardo de Souza), deixou claro que ao atrair investimentos internacionais, Mato Grosso torna a economia mais vigorosa e sem degradação ambiental.
“O nosso compromisso nesta comissão é implantar esses projetos robustos para o nosso Estado. Estamos nos apropriando do BRICS, a COP30, além de outras metas que estamos estabelecendo que é o relacionamento com os países que mantêm relações comerciais com o Estado de Mato Grosso”, explicou.
O deputado destaca que Mato Grosso está se firmando no cenário internacional, com oportunidades de alavancar, pois se por um lado as medidas do presidente dos Estados Unidos, Donald, Trump têm sido ruins para maior parte da economia global, por outro lado, aqueles que estiverem preparados vão se sair bem.
“Acho que Mato Grosso tem fortes chances e vamos saber aproveitar esse momento”, afirmou o presidente da comissão.
Ao explanar sobre o tema Investimento Estrangeiro Direto em Mato Grosso, o professor Leonardo de Souza, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), informou que a ideia é transmitir os conceitos gerais de investimento direto no cenário internacional e depois ver quais são as oportunidades específicas para o Estado.
Na avaliação do professor o Brasil tem grandes possibilidades de sair vitorioso na questão da “guerra fiscal” com os Estados Unidos, que se refere a um aumento de tarifas sobre produtos importados, inicialmente imposto pelos EUA e subsequentemente retaliado pelo Brasil. Essa situação, frequentemente associada ao conceito de “guerra comercial” ou “guerra tarifária”, envolve a imposição de taxas adicionais sobre produtos de um país em resposta a medidas semelhantes adotadas por outro.
“Nós temos muita possiblidade de ganhar essa ‘guerra’. Os Estados Unidos hoje em termos de exportação de produtos agrícolas é nosso concorrente, nós não temos muita sinergia com o mercado americano. E no caso dos chineses, eles compram muito produto da gente, então nós podemos arbitrar agora na perda de um concorrente que está saindo do mercado e o grande demandante querendo comprar mais”, avaliou o professor de economia.
