DA REDAÇÃO
O prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner (MDB), disse que a renda comercial da cidade caiu 80% devido aos deslizamentos de rocha no Portão do Inferno, localizado na rodovia MT-251. Apesar disso, ele acredita que a população conseguirá superar os prejuízos.
Após o anúncio da obra, espero celeridade de todos os procedimentos exigidos, do ICMBio
O Governo do Estado deu a ordem de serviço para uma reforma de segurança no local, que precisa ser autorizada pelos órgãos federais Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Natuais Renováveis (Ibama).
“É bastante significativa a queda [comercial]. Nossos estudos indicam que 80% houve redução, não só da Chapada, mas desse corredor que tem vários negócios desde a praça de alimentação até Rio dos Peixes, Salgadeira… Houve redução por conta [da queda] do fluxo. É um momento difícil economicamente e socialmente”, disse.
“Após o anúncio da obra, espero celeridade de todos os procedimentos exigidos, do ICMBio, porque está dentro de uma área de preservação que é o Parque Nacional de Chapada, da Secretaria do Meio Ambiente [Sema], do Ibama. Em um cronograma bastante curto, podemos conseguir que a MT-251 volte à normalidade naquele ponto”, acrescentou.
Froner contou que quer firmar uma parceria com o Estado para auxiliar empresários locais endividados durante a crise financeira.
“Nós fizemos uma legislação municipal de fundo e queremos aportar um recurso para que sirva aos empresários mais endividados. Com questão de crédito, achamos que isso vai ajudar alguns comerciantes”, revelou.
“Vamos superar. Nós superamos a pandemia, então vamos superar esse momento crítico, voltar à normalidade. Exige paciência da população, tempo necessário, mas vamos superar”, completou.
A obra
O governador Mauro Mendes (União) assinou, na quinta-feira (28), um contrato de R$ 29,5 milhões para realizar a obra que colocará fim aos deslizamentos de terra.
O projeto, da Lotufo Engenharia e Construções Ltda., prevê em 120 dias a retirada total do maciço do Portão do Inferno, por meio de uma obra de “retaludamento” da encosta.
O retaludamento é um processo de terraplanagem através do qual se alteram, por cortes ou aterros, os taludes originalmente existentes no local, para se conseguir uma estabilização do mesmo.