Foto: Victor Ostetti/MidiaNews

Com informação: midianews

O deputado estadual Eduardo Botelho afirmou que as partes estão em diálogo sobre a possibilidade de aplicar uma multa pelo atraso. Segundo Botelho (União), ele acredita que as negociações entre o Governo do Estado e o Consórcio BRT estão “progredindo para um entendimento”. O GOVERNO ESTÁ BUSCANDO UM ACORDO COM O CONSÓRCIO, para que este finalize a parte já iniciada e que libere a outra parte para a contratação de uma nova empresa. As obras do BRT estão paralisadas desde 5 de fevereiro, quando o governador Mauro Mendes (União) notificou o consórcio após decidir rescindir o contrato. A promessa de Mendes de concluir a obra até o fim de seu mandato tornou-se incerta devido aos problemas enfrentados no projeto. Apesar disso, Botelho acredita que o modal será finalizado ainda em 2026. “Acredito que estamos caminhando para um entendimento. O Governo está se esforçando para chegar a um acordo com o consórcio, para que este finalize a parte que já foi iniciada e libere a outra parte para que outra empresa possa ser contratada”, declarou o deputado.

“Confio nisso e tenho certeza de que o BRT será entregue no próximo ano”, acrescentou. O consórcio responsável pela obra é formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda. A rescisão do contrato, conforme Mendes, ocorreu devido à baixa performance e aos constantes atrasos nas obras. Botelho mencionou que, em decorrência do descumprimento do contrato com o Estado, há a possibilidade de que o consórcio enfrente uma multa pelo atraso nas obras. No entanto, o deputado ressaltou que essa não é a prioridade do Governo. “A multa está sendo discutida, sem dúvida, entre o governo e o consórcio, pois o mais relevante agora é chegar a uma rescisão amigável e permitir que eles contratem outras empresas para finalizar o BRT, que é realmente essencial para o transporte público da Baixada Cuiabana”, afirmou.

Comparação com o VLT

Diante das críticas sobre o atraso na conclusão do BRT, algumas pessoas têm comparado a situação ao que ocorreu na tentativa de implementação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na Capital. Esta obra foi prometida para ser entregue durante a Copa do Mundo de 2014, evento que Cuiabá sediou. No entanto, acabou sendo abandonada por mais de 10 anos e se tornou um símbolo de corrupção em Mato Grosso. O projeto bilionário do VLT foi cancelado por Mendes em 2020, devido ao seu alto custo e à corrupção que o envolveu desde a gestão de Silval Barbosa. Ao ser questionado, Botelho rejeitou a comparação entre o BRT e o antigo modal. “Não tem nada a ver a questão do BRT com o VLT. Quem diz que é o novo VLT está mentindo. O VLT começou com corrupção e teve corrupção durante todo o processo. O BRT, por sua vez, está sendo realizado com seriedade. Tenho certeza de que será entregue à população.”