O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT), deputado estadual Eduardo Botelho (União), destacou as ações educativas de Várzea Grande como referência no combate à violência contra mulher. Ele defendeu a implementação de ações nas escolas e dentro do meio familiar durante reunião com a senadora Margareth Buzetti (PSD), a qual busca apoio para aprovação do pacote antifeminicídio, de sua autoria, na Câmara Federal.

“As Prefeituras têm que fazer esse trabalho. Foi mostrado aqui, que a Prefeitura de Várzea Grande já realiza um trabalho deste tipo. Ano passado, Várzea Grande não teve nenhum feminicídio e esperamos que não tenha, isso graças a esse trabalho que o município tem feito, que a Prefeitura vem desenvolvendo com as famílias e com a Educação”, declarou Botelho em entrevista à imprensa.

Botelho e a senadora discutiram ações para a Assembleia Legislativa auxiliar na redução do número de feminicídios no Estado, considerando que Mato Grosso registrou a maior taxa do crime no país, com 2,5 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Um total de 46 feminicídios no ano passado.

“Discutimos o projeto da senadora que já está em andamento e alguns projetos que possamos fazer aqui na Assembleia Legislativa. Precisamos apresentar alguma solução para diminuir esses feminicídios. Vamos participar de todas as formas, melhorando a Educação, trabalhando com a família e também aumentando as punições, tirando privilégios, como acabar com a redução de pena para esses predadores. Vamos fazer ações para dificultar a vida dessas pessoas. Não terá vida fácil”, declarou Botelho.

As lideranças mato-grossenses, incluindo a deputada federal Gisela Simona (União), deliberaram durante a reunião desta segunda-feira (1º), em agendar uma audiência com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para colocar em tramitação para votação em Plenário.

 OUTROS PROJETOS – PACOTE ANTICRIMES

Com três requerimentos de urgência, o pacote anticrimes da senadora Margareth Buzetti, já aprovado pelo Senado, ainda depende de aprovação na Câmara Federal. Segundo ela, dentro desse pacote com uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que passa aos Estado o Poder do Estado legislar sobre as questões penais e processuais, deve entrar na pauta de votação na próxima semana. “É como eu disse, os Estados cuidam de tudo, paga tudo, mas as leis são federais. E não está dando certo.”