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Com informação: noticiamax
O município de União do Sul (643 km ao norte de Cuiabá) viveu um marco histórico na última quinta-feira (17) com a oficialização do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Macaco, uma vitória para mais de 150 famílias agricultoras que lutavam há anos pela regularização fundiária. A cerimônia de anúncio reuniu lideranças políticas, autoridades do Incra e dezenas de trabalhadores rurais em clima de celebração.
A área de 4 mil hectares da Gleba Macaco foi destinada à reforma agrária através da Portaria nº 23868773, publicada na quarta-feira (16) pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O ato representa a consolidação de um processo que garante segurança jurídica e condições dignas para as famílias que já ocupavam e cultivavam a terra.
“Esta é uma reparação histórica. A terra pertence a quem nela trabalha, planta o alimento e constrói sua vida com suor e dignidade”, declarou o deputado estadual Valdir Barranco (PT), visivelmente emocionado durante o ato. Parlamentar com trajetória consolidada na defesa da agricultura familiar, Barranco fez questão de homenagear os militantes falecidos na luta pela terra: “Essa vitória é também dos companheiros que sonharam com este dia e hoje repousam nesse solo que ajudaram a conquistar”.
Joel Machado, superintendente estadual do Incra, reforçou o caráter transformador da medida: “O PDS Macaco não é apenas um assentamento, mas um projeto de vida. Garantimos estrutura legal para que essas famílias desenvolvam produção sustentável e melhorem sua qualidade de vida”. O próximo passo será a homologação das famílias beneficiadas, assegurando definitivamente seus direitos sobre a terra.
O vereador Caetano (PT) e José Carlos, presidente da associação local, destacaram que a conquista é fruto de anos de mobilização comunitária. Agricultores presentes ao evento relataram que a regularização permitirá acesso a políticas públicas, crédito rural e assistência técnica antes indisponíveis.
A criação do PDS Macaco integra a retomada das políticas de reforma agrária pelo governo federal, com 12 novos assentamentos já criados em Mato Grosso desde 2023. O modelo de Desenvolvimento Sustentável adotado prevê a conciliação entre produção agrícola e preservação ambiental, com parcelas individuais para moradia e cultivo, além de áreas coletivas de reserva legal.
Para as famílias de União do Sul, o ato representa não apenas o fim de uma longa espera, mas o início de um novo capítulo. Como sintetizou dona Maria Santos, agricultora de 62 anos: “Agora podemos plantar nosso futuro sem medo de ser expulsos da terra que já é nossa por direito e por trabalho”.
