Foto:

Gilberto Leite / ALMT

Com informação: leiagora

O presidente estadual do PSDB em Mato Grosso, deputado Carlos Avallone, projetou um cenário harmonioso para a fusão com o Podemos, que deve ser oficializada em 5 de junho durante as convenções nacionais das duas legendas. Em entrevista, o tucano destacou que o processo no estado contará com a influência positiva do deputado Max Russi (PSB), que mantém estreita relação com ambas as siglas.

Integração sem atritos
Avallone revelou que já articulou com Russi e com as cúpulas nacionais um entendimento político que evitará conflitos: “Já sinalizamos ao presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, e ao líder do Podemos nossa intenção de manter a união sem rupturas. Max Russi, que tem forte ligação com o Podemos local, será um mediador natural”. O deputado enfatizou a sintonia com Russi – atual presidente da ALMT – como fator-chave para o sucesso da fusão.

Fortalecimento partidário
A união promete reposicionar as legendas no tabuleiro político:

• Nacionalmente: Criará uma bancada com mais de 30 deputados federais, 4 senadores e 2 governadores

• Em MT: Deve saltar para a 3ª ou 4ª maior força política estadual

• Em Cuiabá: Unificará as bancadas atuais (2 vereadores do Podemos e 1 do PSDB), formando uma das maiores da Câmara Municipal

Governança compartilhada
Sobre a divisão de comando, Avallone adiantou que seguirá critérios objetivos: “O PSDB assumirá a liderança por ter eleito 3 prefeitos (contra 1 do Podemos), mas tudo será negociado conforme as regras legais”. O modelo contrasta com a anterior fusão com o Cidadania, que o tucano classificou como “menos alinhada ideologicamente”.

Panorama municipal
A fusão herdará bases significativas:

• Podemos: Prefeitura de Poconé (Dr. Jonas) e 2 vereadores em Cuiabá

• PSDB: Prefeituras de Pedra Preta (Iraci) e Vale de São Domingos (Leandro Azevedo)

Avallone finalizou destacando o timing estratégico: “Esta união chega no momento certo para as eleições de 2026, com força renovada e coerência programática”. A expectativa é que o novo partido – que manterá o nome PSDB – capitalize o capital político de ambas as legendas sem os traumas de alianças anteriores.