Assembleia Não Está Satisfeita Com O BRT E Governo Precisa Resolver, Diz Max Russi

Foto: Estadão Mato Grosso

Com informação: Estadão Mato Grosso

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Max Russi (PSB), expressou sua insatisfação com o progresso das obras do BRT (Bus Rapid Transit) em Cuiabá. Durante uma coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, 3 de fevereiro, Max exigiu que o Governo do Estado tome medidas decisivas para assegurar a finalização da obra, que é aguardada pelos moradores de Cuiabá desde antes da Copa do Mundo de 2014. Ele se comprometeu a apoiar o governador Mauro Mendes (União) na busca por uma solução para os atrasos nas obras. Além disso, ressaltou que uma possível rescisão do contrato com o Consórcio Construtor BRT Cuiabá poderia gerar ainda mais atrasos e complicações no andamento do projeto.

“Reconheço que nem a Assembleia, nem eu, deputado [Max Russi], estamos satisfeitos com o progresso das obras. Esperamos que o Poder Executivo tome todas as medidas necessárias para que essa obra avance. É evidente que qualquer rescisão de contrato deve ser cuidadosamente avaliada, pois qualquer ação nesse sentido pode dificultar e atrasar ainda mais as obras”, declarou.

O Governo do Estado convocou uma coletiva de imprensa para a tarde dessa segunda-feira, onde seria anunciada uma decisão sobre o modal. Durante o evento na Assembleia Legislativa, o governador foi questionado sobre o assunto, mas evitou a resposta, afirmando que ainda precisa analisar os dados a serem apresentados antes de tomar uma decisão. “Estamos lidando tecnicamente com essa questão, os procuradores estão trabalhando nisso há 15 dias, assim como os técnicos, para que possamos chegar a uma decisão bem fundamentada e segura”, afirmou. “Eu tomo decisões diariamente, mas isso dependerá das informações que forem apresentadas”, acrescentou.

RECOMENDAÇÃO DE RESCISÃO

Na semana passada, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Sérgio Ricardo, recomendou que o Governo rescinda o contrato com o Consórcio BRT. Segundo o conselheiro, uma análise realizada pelo TCE revelou que apenas 18% das obras foram finalizadas até o momento, o que indicaria a incapacidade do Consórcio em concluir o BRT em Cuiabá. Em uma nota à imprensa, o Consórcio BRT afirmou que está há mais de 15 dias em negociações com o Governo do Estado e destacou que os problemas ocorridos durante o contrato resultaram em um prejuízo acumulado de R$ 35 milhões, que precisa ser resolvido. O Consórcio ainda mencionou que a ‘guerra política’ entre Mauro e o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), causou um atraso de quase dois anos em algumas partes do BRT.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

WordPress Ads