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Com informação: O Bom da Notícia com Assessoria
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou a licença ambiental para a pavimentação de mais 86 km da BR 158/MT, no contorno leste da Terra Indígena Maraiwatsede. Com essa autorização, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a Infra S.A. podem prosseguir com o projeto. Segundo o senador Jayme Campos (União-MT), essa decisão representa uma grande vitória para Mato Grosso, fruto do trabalho da bancada parlamentar. Ele mencionou as várias audiências que teve com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e com a diretoria do Ibama, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do DNIT, buscando uma solução para um impasse que se arrastava por anos.
Além das reuniões com autoridades, Jayme Campos também fez diversos pronunciamentos no Senado, pedindo uma resolução, assim como nas audiências públicas e reuniões das comissões de Infraestrutura, Agricultura e Reforma Agrária, e na Comissão de Meio Ambiente. “Celebramos essa decisão do Ibama, mas ainda existem outras obras importantes em Mato Grosso que estão paralisadas por falta de licenças ambientais. Por isso, continuaremos lutando, por exemplo, pela 080 e 242, que são essenciais para nosso Estado e necessitam dessas licenças”, disse o senador, após conversar com o diretor-presidente do Ibama, Rodrigo Agostin. A pavimentação de mais 86 quilômetros da BR 158 no Vale do Araguaia deve melhorar a logística de escoamento da produção agrícola de Mato Grosso.
Este projeto faz parte de um planejamento mais amplo para pavimentar 195,42 quilômetros da rodovia, que foi reestruturado para evitar a travessia de terras indígenas, contornando a reserva da etnia Xavante. De acordo com o DNIT, o projeto será executado em 2 lotes: 1) Lote A, com 93,99 quilômetros, ligando Porto Alegre do Norte a Alto Boa Vista; e 2) Lote B, com 101,43 quilômetros, entre Alto Boa Vista e Bom Jesus do Araguaia. O Lote A já está em andamento, com 2,5 km concluídos, enquanto o Lote B ainda está na fase de elaboração do projeto. Considerada crucial para o escoamento de grãos como soja, milho e caroço de algodão para o restante do Brasil e para exportação, a BR-158 deverá cumprir algumas condicionantes estabelecidas pelo licenciamento do Ibama, como a instalação de passagens de fauna, o acesso das comunidades locais aos corpos d’água e a recuperação de áreas degradadas.
“Essa é a primeira conquista. Nosso gabinete continuará trabalhando arduamente para que essa obra seja realizada o mais rápido possível, pois é uma artéria essencial para o desenvolvimento regional e nacional”, acrescentou o senador em uma mensagem à população do Araguaia. Com cerca de 2.000 carretas transitando diariamente, a estrada ainda não pavimentada eleva os custos e apresenta desafios logísticos e de segurança. A obra deverá proporcionar melhorias significativas para a segurança das comunidades locais e para as condições de transporte nas cidades afetadas.