Foto: Vinicius Mendes

Com informação: gazetadigital

Em uma entrevista à imprensa, o prefeito Abilio Brunini (PL) afirmou que já estabeleceu um prazo para a Locar Saneamento Ambiental regularizar a coleta de lixo em Cuiabá, enfatizando que a empresa deve continuar prestando o serviço, independentemente dos valores pendentes do Município relacionados ao contrato anterior. Abilio esclareceu que a própria Locar optou por firmar um novo contrato para dar continuidade aos serviços, e, portanto, tem a obrigação de cumpri-lo.

“Eles já estão realizando a coleta, pelo menos fui informado que já começaram. O problema é que, devido ao longo período sem uma coleta adequada, há uma grande quantidade de lixo acumulado e a frota disponível não consegue atender à demanda em um curto espaço de tempo, mas já estão restabelecendo a ordem e coletando o lixo”, afirmou Abilio.

De acordo com o prefeito, a Locar recebe entre R$ 3,5 milhões e R$ 5 milhões pela coleta, dependendo da quantidade de lixo gerada pela população, já que o pagamento é calculado com base na tonelada coletada. “Por exemplo, o período em que eles não realizaram a coleta não será remunerado, e estamos sendo rigorosos quanto a isso; eles só receberão por tonelada recolhida. Portanto, se a cidade está cheia de lixo, é dinheiro que eles estão deixando de arrecadar. Eles é que terão que se apressar para coletar todo o lixo da cidade”, explicou.

Abilio não descarta a possibilidade de rescindir o contrato com a Locar, caso as obrigações não sejam cumpridas ou os servidores não sejam pagos. Ele ressaltou que a empresa decidiu assinar um novo contrato para continuar a coleta, mesmo aguardando o pagamento de aproximadamente R$ 40 milhões da gestão anterior. “Eles estão sob um novo contrato, que tem uma vigência de 30 dias. Esse novo contrato está dentro do prazo de pagamento para eles. A empresa que assina um novo contrato, há 30 dias, independentemente das dívidas anteriores, deve ter capital de giro… até que o pagamento chegue; caso contrário, não deveria ter assinado esse contrato. Se alegarem que estão enfrentando dificuldades por causa dos mais de 40 milhões, isso é um erro deles, mas fizeram assim. Neste mês, ainda vamos pagar o equivalente a este mês e ao mês passado”, destacou.

O prefeito enfatizou que não ficará “refém” de nenhuma empresa prestadora de serviços e deixou claro que não aceitará qualquer vínculo entre essas empresas e membros de sua gestão. “Não existe nenhum prestador de serviço ao município de Cuiabá com o qual eu tenha qualquer vínculo ou aproximação. Portanto, não há compromisso político, relacionamento pessoal, nada disso… Na nossa gestão, não teremos ninguém com vínculos ou dependência de qualquer prestador de serviço no município.”