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Com informação: vgnoticias
A administração municipal de Cuiabá definiu nesta quinta-feira (05.06) a transferência provisória dos comerciantes informais do centro da capital para a Travessa Desambargador Lobo, área adjacente ao Ganha Tempo e estabelecimentos como a loja Giga. A medida, anunciada pelo prefeito Abilio Brunini (PL), resulta de negociações com vereadores e representantes dos ambulantes, incluindo audiência pública convocada pela vereadora Michelly Alencar em conjunto com a secretária de Ordem Pública, Juliana Palhares.
De acordo com o chefe do executivo municipal, a ocupação do novo espaço poderá iniciar já nesta sexta-feira (6), após consenso entre as partes envolvidas. “Optamos por interditar essa via, que possui características ideais: ampla e sem estabelecimentos comerciais voltados para ela, evitando assim impactos negativos ao comércio formal”, explicou Brunini, destacando que a solução preserva a fonte de renda desses trabalhadores.
Quanto à organização dos pontos de venda, o prefeito esclareceu que caberá aos próprios ambulantes estabelecer sua distribuição, mantendo a dinâmica já conhecida nas calçadas. “A prefeitura exercerá apenas papel fiscalizador, sem ingerência sobre quem tem direito aos espaços”, afirmou. A iniciativa integra um plano mais amplo de desobstrução de vias públicas que, segundo Brunini, será estendido progressivamente a todos os bairros da capital.
O prefeito alertou sobre investigações em curso contra supostos fornecedores ilegais que estariam fomentando a ocupação desordenada. “Identificamos de três a cinco estabelecimentos comerciais distribuindo mercadorias irregulares. Aos que insistirem nessas práticas, aplicaremos as sanções cabíveis”, advertiu, reforçando a determinação em coibir infrações.
As novas regras preveem a proibição de vendas em calçadas, exceto em locais previamente demarcados, como trechos específicos da avenida Getúlio Vargas próximo à Praça da República. “Algumas atividades tradicionais, como venda de alimentos típicos, serão mantidas por seu valor cultural. Outras, como comércio de vestuário, não serão permitidas”, detalhou Brunini.
Sobre a capacidade da Travessa Lobo, o prefeito demonstrou confiança: “A extensão da via é considerável e poderá se transformar num polo de comércio popular. Se a experiência for bem-sucedida nestes 60 dias de teste, poderemos formalizá-la como calçadão através de projeto legislativo”. Quanto a outras áreas problemáticas, como a avenida Carmindo de Campos, Brunini foi enfático: “A fiscalização será rigorosa e imparcial, abrangendo todos os setores da cidade”.
Por fim, o prefeito comentou sobre o Shopping Popular do Porto, reconhecendo a baixa ocupação atual, mas sinalizando projetos de revitalização. “Embora muitos tenham optado por permanecer no centro neste momento, acredito que quando as melhorias forem concluídas, o interesse pelo espaço será renovado”, concluiu.
