Os cigarros ilegais representam 42% do consumo em Mato Grosso, de acordo com uma pesquisa do Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), divulgada pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP). Com isso, as organizações criminosas movimentaram cerca de R$ 194 milhões com a venda no mercado ilegal no estado.
Segundo a pesquisa, cerca de R$ 72 milhões deixaram de ser arrecadados no estado em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), sendo um dos principais tributos de receita para fomentar políticas públicas. De acordo com dados da Receita Federal reunidos pelo estudo mostraram que o cigarro ilegal representa 91% dos produtos que são apreendidos em Mato Grosso.
A explicação, conforme a pesquisa, se deve à fronteira com a Bolívia, que passou a ser mais explorada como rota terrestre de contrabando. O levantamento ainda revelou que, em Mato Grosso, é apenas um reflexo do que ocorreu no país com relação ao combate ao mercado ilegal. Segundo a pesquisa, esse cenário compõe 48% do mercado nacional.
O estudo também estimou que o mercado ilegal de cigarros causou ao país uma sonegação fiscal avaliada em R$ 10,2 bilhões somente no ano passado. Já na soma da última década, o valor salta para R$ 86 bilhões.
No país, os impostos sobre esse produto variam de 70% a 90%, a depender da política de cada estado. Contudo, no Paraguai, país vizinho, essa taxa está em 20%. A pesquisa aponta que uma forma de combate econômico ao comércio ilegal é através da tributação.
Contrabando de cigarro representa 42% em MT, aponta Ipec | FOLHAMAX